Rafael Ramos - 29/06/2020 13h58 | atualizado em 29/06/2020 14h16

Detida no Presídio Feminino de Guaíba, no Rio Grande do Sul, a dona de casa Alexandra Dougokenski confessou em novo depoimento à polícia que matou o filho de 11 anos, Rafael Winques, asfixiado até a morte. Antes, ela havia dito que o garoto morreu por causa de uma dose dobrada de remédios que ela administrou.

Alexandre contou aos agentes, na tarde deste domingo (28), que estava irritada com o filho porque ele ficava jogando no celular. Por volta das duas da manhã, ela lhe deu dois comprimidos de diazepam, mas o garoto continuou acordado.

Em coletiva de imprensa, o delegado Eibert Moreira Neto afirmou que mãe perdeu o controle da situação e resolveu estrangular o menino com uma corda de varal. De acordo com os investigadores, Rafael se debateu, caiu e machucou a costela. A versão foi confirmada por Alexandre e o exame da necrópsia comprovou a existência de uma lesão.

Um laudo divulgado em maio pelo Posto Médico-Legal de Carazinho já havia apontado que o menino morreu por asfixia mecânica por estrangulamento. De acordo com a investigação, o irmão de Rafael, um rapaz de 17 anos, não teria ouvido a movimentação dentro da casa porque estaria sob as cobertas e com fones de ouvido.

A dona de casa deixou o corpo do filho em uma antiga casa da família enrolado em um lençol. A polícia sustenta a versão de crime por homicídio doloso, quando há a intenção de matar, e deve finalizar o inquérito na próxima semana.

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