Caso Leandro Lo: Defesa pede, e PC fará reconstituição do crime
PM Henrique Otávio de Oliveira Velozo foi preso após atirar em lutador durante show
Gabriel Mansur - 20/08/2022 20h09 | atualizado em 22/08/2022 13h00

O pedido da defesa do policial militar Henrique Otávio de Oliveira Velozo para que seja realizada a reconstituição do crime foi aceito pela Polícia Civil de São Paulo. O agente está detido no presídio militar Romão Gomes pelo assassinato do lutador Leandro Lo, multicampeão de jiu-jítsu, durante um show de pagode no Clube Sírio, em São Paulo, no dia 7 de agosto.
A equipe de advogados do PM teria informado ao G1 que a reconstituição foi autorizada, mas ainda não tem data marcada para ocorrer. Representante do policial, Claudio Dalledone já havia solicitado à Polícia Civil que fossem realizados exames complementares por meio do sangue colhido do corpo do atleta.
Leandro Lo morreu em 7 de agosto após ser baleado na cabeça. Velozo se entregou à Corregedoria da Polícia Militar e está detido no presídio militar Romão Gomes por homicídio doloso por motivo fútil.
Os advogados de Velozo alegam também que ele foi cercado por outros seis lutadores e, por isso, reagiu. Já o advogado da família de Leandro, Ivan Siqueira Junior, ressalta que o lutador teve uma discussão com o policial e, para acalmar a situação, imobilizou o homem.
Ele conta ainda que, após se afastar, o agressor sacou uma arma, atirou uma vez na cabeça de Leandro e deu dois chutes com a vítima já no chão antes de fugir do local. Depois, Henrique foi flagrado por uma câmera de segurança em outra boate, onde gastou quase R$ 1,6 mil. De lá, saiu acompanhado de uma mulher, identificada pela polícia como garota de programa, e seguiu para um motel.
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