Caso Henry Borel: Polícia nega pedido para adiar reconstituição
Defesa da mãe e do padrasto da criança chegaram a solicitar que reprodução simulada não acontecesse nesta quinta-feira
Paulo Moura - 01/04/2021 08h07 | atualizado em 01/04/2021 10h17

A Polícia Civil rejeitou, ainda na noite de quarta-feira (31), um pedido feito pela defesa do vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) e de Monique Almeida, respectivamente, padrasto e mãe do menino Henry, de 4 anos, para adiar a reprodução simulada da morte da criança, marcada para esta quinta-feira (1°). Com isso, a reconstituição segue agendada para as 14h, como foi estipulado.
No documento, os advogados alegavam que Monique estaria sofrendo de forte quadro depressivo e, por isso, não teria condições de participar da simulação. Os advogados disseram ainda que precisariam de tempo para intimar um especialista e, por isso, solicitaram que a reconstituição fosse realizada após o dia 12 de abril.
Os defensores da mãe e padrasto ainda disseram que, durante busca e apreensão no apartamento do casal, os policiais não usaram malote para fazer o transporte de celulares, computadores e documentos, e por isso, solicitam que um assistente técnico acompanhe, não só a perícia dos equipamentos, mas também a reprodução da morte.
O FATO
O menino Henry Borel Medeiros morreu no último dia 8 de março, em um hospital da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram um fim de semana normal. Por volta das 19h do domingo (7), ele levou o filho de volta para casa onde este morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o médico e vereador do Rio, Dr. Jairinho.
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 de segunda (8), ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Ao chegar ao hospital Barra D’Or, Monique e Dr. Jairinho informaram ao pai da criança que eles ouviram um “barulho estranho durante a madrugada e, quando foram até o quarto ver o que estava acontecendo, viram que a criança estava com os olhos virados e com dificuldade de respirar”.
De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente.
Como parte da investigação da morte de Henry, agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) recolheram imagens de câmeras do circuito interno de um shopping onde o garoto foi a um parquinho e do condomínio em que Leniel Borel morava. Segundo os investigadores, o menino chegou aparentemente saudável aos locais.
Na quarta-feira (17), Monique e Dr. Jairinho foram ouvidos separadamente por cerca de 12 horas, na 16ª DP. De acordo com a polícia, a mãe e o namorado só foram ouvidos nove dias depois do crime porque Monique estaria em estado de choque, sob efeito de medicamentos.
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