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Caso Genivaldo: MPF descarta pedir prisão de agentes da PRF

Procuradora-chefe do Ministério Público Federal em Sergipe afirmou que prisão preventiva é "medida excepcional"

Paulo Moura - 03/06/2022 11h35 | atualizado em 03/06/2022 12h04

Homem morreu após ser colocado em viatura da PRF com gás Foto: Reprodução / Redes Sociais

Após uma reunião realizada com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a procuradora-chefe do Ministério Público Federal (MPF) em Sergipe, Eunice Dantas, descartou pedir a prisão preventiva dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na ocorrência que resultou na morte de Genivaldo Santos, em Umbaúba (SE), no último dia 25 de maio.

Ao falar sobre o assunto, a chefe do MPF em Sergipe afirmou que “a prisão preventiva é uma medida excepcional” e ressaltou que, no momento, a principal preocupação do órgão “é focar nas provas”. Eunice também fez questão de destacar a ausência de sinais que demonstrem interferência nas investigações por parte dos agentes da PRF.

– Até agora não chegou nenhum fato que mostre que essas pessoas estejam interferindo de alguma forma nas investigações, muito pelo contrário. Eles já foram afastados das suas funções – ressaltou.

O presidente da seccional sergipana da OAB, Danniel Costa, por sua vez, disse que a entidade acredita na existência de fundamentos para que a prisão seja decretada, mas destacou que a OAB esperará a conclusão das investigações por parte do Ministério Público Federal.

– A OAB demonstrou os argumentos que a gente entende que a prisão deve ser decretada. Todos os fundamentos e a nossa preocupação com a proteção das provas nós passamos também. Cabe a gente esperar o Ministério Público concluir as investigações, ou até o momento em que vai ser conseguido uma prova que mostre a necessidade de se fazer esse pedido – apontou.

SOBRE O CASO
No dia 25 de maio, Genivaldo foi abordado por três policiais rodoviários no km 180 da BR-101, em Umbaúba, Sergipe. Segundo boletim de ocorrência, ele foi parado por não usar capacete ao guiar uma motocicleta. Imagens feitas por pessoas que estavam no local e familiares mostraram quando os agentes pediram que ele colocasse as mãos na cabeça e abrisse as pernas para a revista.

Genivaldo foi colocado no porta-malas do carro da PRF e os policiais jogaram gás e fecharam o compartimento. Wallison de Jesus, sobrinho da vítima, disse ter avisado aos policiais que o tio tinha transtornos mentais. No boletim de ocorrência, os agentes dizem que o homem teve um “mal súbito” no trajeto para a delegacia e foi levado para o Hospital José Nailson Moura, onde faleceu.

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