Casal que viu homem que se explodiu no DF conta detalhes
Patrícia Pita e Roberto Pita estavam na rampa do Supremo
Pleno.News - 25/11/2024 16h09 | atualizado em 25/11/2024 16h51
Um casal estava na rampa do Supremo Tribunal Federal (STF) no momento em que Francisco Wanderley Luiz se explodiu na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), no último dia 13. A advogada Patrícia Pita e o marido dela, o consultor agrário Roberto Pita, deram declarações ao programa Fantástico, da TV Globo, sobre a ação de Francisco.
Segundo Patrícia, o homem gesticulou e gritou.
– Quando ele estava gesticulando muito e gritando, não dava para discernir o que ele falava. Não dava para a gente assimilar. Mas a gente via que ele falava muito. O segurança foi para o lado dele e aí ele gritou alguma coisa e foi afastando. Correndo de costas. E o segurança também se afastou dele – contou.
Já Roberto Pita disse que, ao ver a primeira explosão, ele e a esposa decidiram correr.
– Ele [Francisco] virou para nós e acendeu outra bomba. Quando ele acendeu a outra bomba, olhando para nós, aí eu me apavorei.
A advogada completou o relato do marido:
– Foi quando ele se deitou. Colocou do lado dele o explosivo e a gente ouviu o barulho. Eu me lembro dele chegando perto do carro. Eu me abaixei para me proteger da bomba, de algo que poderia me atingir.
Ela citou ainda ter tido uma sensação de impotência.
– A gente vê aquele corpo ali no chão e é uma sensação de impotência. De não poder ter feito nada.
Francisco Wanderley Luiz tinha 59 anos e era conhecido como Tiü França. O laudo pericial sobre a morte dele detalhou os impactos que a explosão causou em seu corpo. De acordo com o documento, obtido pela TV Globo, Francisco sofreu traumatismo cranioencefálico e queimaduras graves na face e teve a mão completamente destruída pela bomba que ele carregava.
Ainda segundo a equipe de avaliação, o artefato utilizado pelo homem tinha características pirotécnicas, como rojões, porém o poder de destruição era superior. Além disso, ele também utilizou um extintor de incêndio cheio de gasolina e um pano, provavelmente com o objetivo de incendiar a estátua da Justiça.
Francisco teria planejado o ato, comprando cerca de R$ 1 mil em fogos de artifício que ele utilizou tanto na frente do STF, quanto para explodir o seu próprio carro, que estava estacionado perto do Congresso Nacional.
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