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Carrefour: Folha utiliza “marido errático” ao falar de João Alberto

Após críticas, jornal alterou expressão para "marido violento"

Paulo Moura - 23/11/2020 12h19 | atualizado em 23/11/2020 12h29

João Alberto Freitas foi morto em unidade do Carrefour Foto: Reprodução

O verbo sofismar pode não aparecer com frequência no vocabulário popular brasileiro, mas com certeza o leitor já deve ter ouvido tal palavra alguma vez na vida. Em um de seus significados, apresentados no Dicionário Michaelis, a palavra sofisma é conceituada como “argumentação astuciosa com a intenção de induzir alguém ao erro”.

Pois é, e parece ter sido exatamente essa a intenção do jornal Folha de São Paulo, a de sofismar a conduta de João Alberto Freitas, o homem morto ao ser agredido por seguranças no último dia 19 de novembro em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre, ao classificá-lo em uma de suas manchetes como um “marido errático” ao classificar casos de violência dele contra a ex-companheira.

A reportagem, cujo título era “Beto Freitas foi pai precoce, filho presente e marido errático” foi mantido até 11h desta segunda-feira (22) quando, após sofrer duras críticas nas redes sociais, a publicação alterou a manchete para “Beto Freitas foi pai precoce, filho presente e marido violento com a ex”.

Folha usou expressão marido errático para falar de João Alberto Foto: Reprodução

No texto, a vida de Beto é narrada de forma romantizada e em apenas em dois dos 17 parágrafos do conteúdo é comentado o histórico de violência doméstica do homem. Segundo a Folha, João Alberto foi preso duas vezes, enquadrado na Lei Maria da Penha, em uma das ocasiões chegou a ficar seis meses detido.

O uso da expressão, é claro, foi alvo das redes sociais e fez com que a palavra “errático” fosse um dos termos mais comentados no Twitter na manhã desta segunda. Entre as personalidades que criticaram o uso da palavra estiveram o deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) que afirmou que o termo foi usado pelo jornal para “não perderem o mártir da vez”.

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