Cantor é criticado por debochar de incêndio na Boate Kiss
Cantor ironiza tragédia que causou a morte de 242 pessoas
Priscilla Brito - 06/02/2023 17h04 | atualizado em 06/02/2023 17h42
Desde o último sábado (4), a banda Forró Dubai vem sendo criticada por internautas após o vocalista do grupo ironizar a tragédia que aconteceu na Boate Kiss. Durante uma festa de aniversário, que a banda participava, um rapaz segurava um artefato de fogos de artifício, enquanto o cantor Ícaro Trindade cantava: “Parabéns para você”, até que disparou: “Alô, Boate Kiss”.
Até a data da publicação desta matéria, a página da banda e o perfil do cantor optaram por desativar os comentários das suas publicações. Apesar disso, em outra rede social, internautas não param de criticar o grupo e o vocalista. Alguns, julgaram a fala como inapropriada e insensível.
– Banda Dubai acabou de assinar seu contrato de falência. Quem tira sarro de alguma forma que seja da tragédia que foi na Boate Kiss tem mais que se f****, e todo mundo que é conivente com essas atitudes – afirmou um usuário da rede.
– O maluco realmente achou boa ideia mandar um “Alô, Boate Kiss”. Se a Banda Dubai era desconhecida, vai ficar conhecida por causa disso agora – escreveu outro internauta.
– O infeliz da banda Dubai debochando da morte de 242 pessoas – disse mais um.
O caso ocorreu durante a comemoração de aniversário da influenciadora digital Juliana Aguiar que celebrava seus 23 anos.
banda dubai pic.twitter.com/JskzsYdReP
— gio só fala de bbb (@giovanij_orge) February 4, 2023
NINGUÉM ESTÁ PRESO PELA TRAGÉGIA
Passados dez anos do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde morreram 242 pessoas, ninguém está preso pelo caso. Quatro pessoas chegaram a ser condenadas no fim de 2021, mas a decisão foi anulada pelo Tribunal de Justiça gaúcho em agosto do ano passado. Recursos ainda tramitam em Cortes superiores e um novo julgamento poderáser realizado.
Ao final de um julgamento que se prolongou por dez dias, o Tribunal do Júri do Foro Central de Porto Alegre condenou pela morte de 242 pessoas os quatro réus acusados do incêndio: os sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão.
Eles receberam, na oportunidade, penas que variavam de 18 a 22 anos de prisão. Porém, menos de dez meses depois, a Justiça acolheu parte dos recursos das defesas e anulou o júri que condenou os quatro réus.
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