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Caminhoneiros fazem ato contra Doria e fecham a Marginal Tietê

Manifestantes protestaram contra decisão do governo de SP de aumentar restrições no estado

Paulo Moura - 05/03/2021 09h06 | atualizado em 05/03/2021 11h56

Trânsito ficou parado em um enorme trecho da Marginal Tietê, em São Paulo Foto: Reprodução/TV Globo

Um grupo de caminhoneiros decidiu fechar um trecho da Marginal Tietê, uma das principais vias expressas de São Paulo, nesta sexta-feira (5), em protesto contra as medidas impostas pelo governador João Doria contra a pandemia de Covid-19, que incluiu o fechamento de diversos serviços pelas próximas duas semanas.

Os manifestantes, com faixas, começaram o protesto por volta das 5h30, na Rodovia Castello Branco, e bloquearam o entroncamento entre as marginais Tietê e Pinheiros, na chegada a São Paulo. Por volta das 6h, havia 10 km de congestionamento nas duas marginais e na rodovia Castello Branco. A lentidão chegava até a praça de pedágio de Alphaville, em Barueri, da Castello Branco.

Na via local da marginal, alguns motoristas de carros particulares e motociclistas foram liberados por manifestantes e conseguiram passar. Nas pistas central e expressa, os manifestantes liberavam a passagem de alguns veículos e bloqueavam em seguida. Às 8h20, a faixa da esquerda da via expressa estava liberada para carros de passeio. Veículos de transporte não podiam passar.

A Polícia Militar e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estavam no local para tentar contornar a situação. O coronel Robson Cabanas Duque, porta-voz da PM, diz que policias negociavam com a liderança dos manifestantes para liberar a via.

– Nós entendemos o direito da manifestação, mas ela precisa ser pensada e precisa respeitar o direito das outras pessoas. Em um momento grave como esse não é possível que a gente faça esse tipo de movimento – disse o coronel.

A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, pediu aos manifestantes que as vias sejam liberadas neste momento caótico da pandemia, pois dificulta a chegada de insumos e de pacientes aos hospitais.

– Manifestações são sempre bem-vindas, somos um país democrático, mas não podemos interromper vias neste momento. Não há hipótese de não ter fase vermelha. Nós tivemos o maior aumento de internações de leitos de UTI Covid desde o início da pandemia e não é somente de idosos, é de jovens, de adultos. Todos estão adoecendo, e nós não teremos leitos se não fizermos a nossa parte – declarou.

RESTRIÇÕES
O governo de São Paulo regrediu todo o estado à fase vermelha, a mais restritiva da quarentena. A medida entra em vigor na primeira hora deste sábado (6) e deve permanecer até 19 de março. A fase vermelha autoriza apenas o funcionamento de setores da saúde, do transporte, da imprensa e de estabelecimentos como padarias, mercados, farmácias e postos de combustíveis.

Além destes, podem funcionar também as escolas e atividades religiosas, que foram incluídas na lista de serviços essenciais por meio de decretos estaduais. Shoppings, academias, restaurantes, bares e comércios não podem funcionar. Também foi imposto um toque de restrição, que ocorrerá das 20h às 5h, com o objetivo de coibir aglomerações e festas noturnas.

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