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Câmara do Rio aprova proposta para armar Guarda Municipal

Em primeira discussão, projeto teve 43 votos favoráveis e sete contrários

Pleno.News - 02/04/2025 16h22 | atualizado em 02/04/2025 16h54

Guarda Municipal do Rio de Janeiro Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Câmara de Vereadores do Rio aprovou nesta terça-feira (1º), em primeira discussão, a proposta apresentada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) que autoriza a Guarda Municipal a utilizar arma de fogo. A medida dá poderes também à corporação de realizar ações de segurança pública, policiamento ostensivo, preventivo e comunitário.

De acordo com a proposta, os agentes deverão passar por treinamento específico, além de poder utilizar armas de menor potencial ofensivo. Com todos os 51 parlamentares da Casa presentes, a proposta teve 43 votos favoráveis e sete contrários. A vereadora Rosa Fernandes (PSD), mesmo presente à sessão, não quis votar.

O Parlamento agora respeitará um intervalo de pelo menos dez dias, como estabelece o Regimento Interno da Casa, antes de votar o projeto em segunda discussão, o último passo antes de ir à sanção ou veto do Poder Executivo.

– Diante da realidade da nossa cidade, pela primeira vez, as ideologias foram deixadas de lado para se pensar na qualidade de vida do cidadão. Uma guarda armada é fundamental para garantir a segurança dos cariocas. Desde 2018 estamos tentando aprovar essa proposta. Por isso, esta Casa está dando importante passo para melhorar a qualidade de vida da população – afirmou Dr. Gilberto (PSD), autor do substitutivo aprovado.

Para o vereador Pedro Duarte (Novo), a Câmara do Rio precisava discutir de vez a guarda armada na cidade.

– Tenho a convicção de que precisamos fazer como São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba, garantindo uma Guarda Municipal devidamente armada, treinada e qualificada, para que possa prestar um serviço de qualidade aos nossos cidadãos – disse.

Contrária ao projeto, a vereadora Thais Ferreira (PSOL) lamentou que a política de segurança pública obedeça à lógica do enfrentamento. Sem dizer como, ela sugere que haja outra forma de combater a severa crise de segurança e ordem pública no Rio de Janeiro sem armas.

– Eu já fui ambulante e cheguei a ser agredida por agentes do Estado. Os dados mostram que as políticas armamentistas não elevam à segurança, pelo contrário, colocam os cidadãos em risco.

Para Ferreira, “uma cidade que se quer antirracista e não truculenta não pode colocar mais armas nas ruas”.

*Agência Brasil

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