Thamirys Andrade - 11/05/2023 16h25 | atualizado em 11/05/2023 16h50

O modelo Bruno Krupp, de 25 anos, irá a júri popular por homicídio doloso – quando há intenção de matar – devido ao atropelamento do estudante João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos. O caso ocorreu em julho do último ano, quando Krupp atingiu e matou o adolescente ao dirigir uma motocicleta a mais de 100 km/h em uma via de no máximo 60 km/h.

A determinação de levar o caso a júri popular partiu do juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Em entrevista ao G1, o advogado de defesa de Krupp, Ary Bergher, afirmou que vai recorrer da decisão do magistrado.

– Essa decisão é uma excrescência jurídica, totalmente teratológica, que vai contra a decisão do STJ que adentrou no mérito confirmando que não se trata de crime doloso, e, sim, culposo. Essa é uma decisão precária. Não há culpa, pois ele não assumiu o risco. Ele também foi vítima desse acidente, porque se machucou e chegou a sofrer diversas cirurgias. Por conta dessa decisão [de ir a júri popular], vou recorrer da decisão – declarou o advogado.

Entretanto, o entendimento do Ministério Público é de que houve homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Isso porque o modelo dirigia em alta velocidade e não possuía habilitação. Segundo uma testemunha disse na delegacia, Bruno devia estar a ao menos 150 quilômetros por hora.

Na ocasião, o adolescente foi atingido brutalmente e teve a perna amputada de forma instantânea, na frente de sua mãe, Mariana Cardim. O acidente ocorreu na Avenida Lúcio Costa, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

Bruno foi preso preventivamente em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó. Após oito meses detido, ele recebeu habeas corpus e ganhou o direito de aguardar o julgamento em liberdade.

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