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Brumadinho: Universidade retorna às aulas após tragédia

Vestidos de branco, alunos e funcionários participaram de um momento de acolhimento

Virgínia Martin e Rafael Ramos - 12/02/2019 12h37 | atualizado em 13/02/2019 10h13

A Faculdade Asa, localizada em Brumadinho, retornou às aulas nesta segunda-feira (11), 18 dias após a tragédia que assolou a cidade com o rompimento da barragem da mineradora Vale. Vestidos de branco, alunos e funcionários participaram de um momento de acolhimento no pátio da faculdade. O reencontro foi marcado por muita emoção e todos cantaram algumas músicas, como Noites Traiçoeiras, do padre Marcelo Rossi.

Coordenadora de comunicação da Faculdade Asa, Patricia Bretas relatou à equipe de reportagem do Pleno.News, que está em Brumadinho, que vários alunos da universidade morreram no acidente. Dentre eles, dois estudantes do curso de Engenharia Civil, um de Engenharia de Produção e uma que estava se graduando em Enfermagem. Soma-se a isso 30 alunos e ex-alunos do curso de Técnico em Mineração. Além deles, a coordenadora e professora de Direito, Sirlei Brito, e filhos e sobrinhos de funcionários também estão entre as vítimas.

– A gente entende que uma instituição de ensino exerce o papel de retomada dos sonhos e vários sonhos foram interrompidos. Toda mãe e pai sonha em ter um filho que vá trabalhar na Vale por ser uma empresa grande, que paga bem e tem uma estrutura. Esse sonho foi por terra. Praticamente mil pessoas ficaram desempregadas. Os sobreviventes não sabem como será o futuro deles. É um momento de recomeço, mas a gente não sabe como será o futuro do nosso município com tantas perdas. As pessoas precisam de muito apoio para recomeçar – disse Patricia.

NÚMERO DE MORTES SOBE PARA 165
Até segunda, o número de mortes causadas pela tragédia chegou a 165, de acordo com o Corpo de Bombeiros. A Agência Reuters informou que dois relatórios da mineradora Vale apontam que a empresa sabia dos riscos de rompimento da barragem que cedeu. Um documento interno da própria Vale, de novembro de 2017, indica uma chance de colapso duas vezes maior que o nível máximo de risco individual tolerável.

Em comunicado, a Vale afirma que “a barragem possuía todos os certificados de estabilidade e seguranças nacionais e internacionais”.

* O Pleno.News está com equipe em Brumadinho.

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