Braço-direito de Beira-Mar havia aceitado a Jesus e se batizado
Roni Peixoto foi assassinado a tiros em Minas Gerais
Monique Mello - 12/04/2022 13h05 | atualizado em 12/04/2022 15h03
O braço-direito de Fernandinho Beira-Mar em Minas Gerais, Roni Peixoto, morto nesta segunda-feira (11), havia aceitado a Jesus há cerca de três anos. Aos 51 anos, cumprindo prisão domiciliar, ele foi encontrado morto com mais de vinte tiros no bairro Córrego das Calçadas, em Santa Luzia.
Peixoto passou mais de 20 anos detido por crimes como tráfico de drogas e homicídio. Em 2019, o traficante foi batizado em uma igreja de Belo Horizonte. De acordo com o Noticiando Santa Luzia, um jornal local que obteve imagens do batismo, Peixoto estava na ocasião ao lado de Adão Baltazar, seu ex-maior rival do tráfico de drogas na região.
Segundo familiares e amigos, Roni havia de fato deixado o mundo do crime e se dedicava à vida no evangelho, contando seu testemunho de vida e evangelizando pessoas. Ele ainda frequentava a mesma igreja na qual foi batizado.
Em 2020, Peixoto testemunhou sua conversão em entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte.
– Eu me converti tem um ano e pouco na Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves [na Região Metropolitana de Belo Horizonte] e ali foi onde Deus começou a tocar no meu coração para eu estar mudando minha vida. E começou a acontecer certas coisas comigo lá dentro, tudo sobrenatural […]. Naquele dia, todas as lágrimas que estavam escondidas, derramaram. Creio que foi o Espírito Santo que se apoderou de mim naquele momento. De repente, vi que minha vida ali tinha que começar a mudar – contou na época.
Considerado um dos maiores traficantes de Minas Gerais, Peixoto afirmou não ter medo do seu passado.
– Eu não temo minha vida porque eu sirvo um Deus Vivo. Quem tem inimigos é Satanás, Deus não tem inimigos. E eu não tenho medo. Quanto aos inimigos que deixei, eu não trago perigos para eles, então eu creio no Deus que eu sirvo. Eu só vou morrer se Deus permitir – declarou.
Atualmente, Peixoto atuava como vigia do Cemitério do Carmo, em Santa Luzia, por meio de uma empresa terceirizada. A Polícia Civil está tentando descobrir o que teria motivado o seu assassinato, uma vez que, aparentemente, ele se encontrava afastado do mundo do crime.
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