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Bombeiro protesta por foto ter sido usada contra Bolsonaro

Imagem não foi tirada na Amazônia e sim no cerrado

Ana Luiza Menezes - 23/08/2019 19h56

Foto de bombeiro dando água para tatu viralizou Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de Mato Grosso

A imagem que mostrou o sargento Pedro Ribas Alves dando água a um filhote de tatu viralizou na internet. Porém, segundo a BBC News Brasil, o bombeiro não concordou com o fato de algumas pessoas terem feito uso da imagem contra o presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Alves, a fotografia, tirada no Mato Grosso, acabou sendo utilizada fora de contexto, com o fim de ilustrar queimadas na Amazônia.

– Sou eleitor de Bolsonaro. Fiquei um pouco chateado porque a foto vem sendo usada para denegrir o presidente. Essa nunca foi minha intenção e não tirei essa foto para aparecer. A imagem foi tirada de contexto. Aquele incêndio não foi criminoso, não tinha nada a ver com desmatamento ilegal ou com a Amazônia. Aqui é cerrado – explicou.

Em sua coorporação, o sargento realiza perícia de incêndios florestais. Sobre a foto, ele contou que se tratava de um incêndio não foi intencional, que teve origem na queda de um fio de alta tensão sobre uma mata. As chamas devastaram 772 hectares de uma propriedade usada para a criação de gado.

– Fomos até lá justamente para investigar a origem desse incêndio. Quando estávamos retornando, vimos este tatu. Paramos para ver se ele queria água e ele não ofereceu resistência, porque estava bem fraco. Foi quando peguei um copo de água e ele foi tomando. Perdeu totalmente o instinto selvagem. Queria sobreviver a todo custo – contou.

O bombeiro afirmou que ficou grato por ter contribuído com o animal, mas lamentou o uso indevido.

– Acho uma covardia dizer que ele está destruindo a Amazônia. Tem muita desinformação por aí.

Alves defendeu ainda que muitas queimadas são intencionais e ilegais.

– Só uma menor parte das queimadas é acidental. De fato, a maioria acontece para ampliação de área de pasto. Muitos têm autorização e outros não. Mas não se pode esquecer de que aqui temos o período proibitivo em vigor. Se o fazendeiro usou o fogo para limpar o terreno depois do dia 15 de julho, tem que ser autuado. Durante o período proibitivo, temos poucos casos porque a fiscalização aumenta. Mas fora do período proibitivo, temos muitas queimadas ilegais, sem autorização – explicou.

A foto ganhou repercussão nacional após o chefe de Pedro ter feito um compartilhamento em um grupo de WhatsApp.

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