Henrique Gimenes - 23/05/2018 20h34 | atualizado em 23/05/2018 20h56

O bloqueio das estradas pelos caminhoneiros contra o aumento do preço do diesel, que acontece desde a segunda-feira (21), já traz diversas consequências aos estados do país. No Rio de Janeiro, além do problema com os alimentos, o transporte público também está passado por dificuldades devido ao desabastecimento de óleo diesel.

Segundo o Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus do estado, o sistema de transporte rodoviário operou com 72% do total na tarde desta quarta-feira (23). Eles informaram que existe o risco de uma paralisação total dos ônibus no caso de o combustível não chegar à cidade.

Em nota, Federação das Empresas de Transporte do Rio informou que “apesar dos esforços que estão sendo feitos para regularizar o abastecimento, há empresas que já estão com as operações limitadas, afetando os passageiros. O racionamento de combustível é uma medida adotada em caráter emergencial até a normalização da distribuição de óleo diesel, que depende do fim das manifestações. Se isso não ocorrer brevemente, há o risco de paralisação de todas as empresas”.

A situação também é grave para o sistema BRT Rio. O consórcio informou que, nesta quinta-feira (24), somente a metade do total de ônibus das linhas irá circular nas vias.

A Prefeitura do Rio de Janeiro recomenda que sejam utilizados os trens, o metrô e o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

O bloqueio dos caminhoneiros foi montado em rodovias e terminais de distribuição de combustíveis. Com isso, as empresas não conseguem renovar seus estoques de óleo diesel, que é feito todo dia.

O problema também deve afetar os motoristas. Segundo o sindicato do comércio varejista de combustíveis do Rio de Janeiro, metade dos postos da capital deve ficar totalmente sem combustíveis.

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