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Bebê morre por falta de vaga em UTI neonatal

Ele estava em um pronto socorro do litoral de São Paulo

Ana Luiza Menezes - 03/05/2018 17h53

Recém-nascido morreu porque não havia vaga para ele no pronto socorro Foto: Arquivo Pessoal

Um bebê, de apenas 20 dias, morreu na madrugada desta terça-feira (2) enquanto sua família aguardava vaga na emergência do Pronto Socorro de Bertioga, em São Paulo. Ele estava com pneumonia e precisava ser transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.

O recém-nascido, que se chamava Daniel, nasceu no dia 11 de abril, com 39 semanas. Segundo informações, 11 dias depois le começou a apresentar sintomas de gripe.

– Nos disseram que era uma gripe leve e que com soro resolveríamos o problema. No dia 25, retornamos com ele, que já estava com uma falta de ar grave, aí ele foi internado – contou a tia dele, Thamirys Marques, de 26 anos.

Um exame de raio x indicou que o bebê estava com pneumonia aguda. Ele estava no pronto socorro, onde foi solicitada a transferência para a UTI, por meio da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross).

No último domingo (30), o estado de saúde de Daniel piorou e mesmo após os médicos trocarem a medicação, não foi possível resolver o problema.

– Não culpo o pronto socorro. Os médicos fizeram de tudo para tentar salvá-lo. A direção colocou duas enfermeiras de plantão à disposição para ficarem com ele, então não temos do que reclamar. Mas a cidade tem um hospital inativado, ao lado do pronto socorro, que tinha previsão de ter uma UTI Neo. Só que a obra está parada – disse ainda a tia da criança.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Bertioga disse que o bebê estava sendo mantido no Hospital Municipal de Bertioga com todos os cuidados possíveis de média complexidade ao alcance do município, aguardando transferência para vaga de UTI por meio do sistema CROSS, órgão da Secretaria do Estado da Saúde.

A Secretaria informou também que o Estado não repassa para a cidade nenhum financiamento para o serviço médico. Mais de 90% do custeio da saúde é feito pelo município e o restante é transferência do Ministério da Saúde. No projeto de ampliação do Hospital Municipal há previsão de 10 leitos de UTI adulto. As obras estão paralisadas em função da não renovação do convênio por parte do Estado.

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