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Bebê foi queimada em hospital por causa de banho de 50°C

Polícia diz que queimaduras foram causadas por higienização com água bem acima da temperatura recomendada

Paulo Moura - 21/08/2020 09h20 | atualizado em 21/08/2020 09h37

Bebê de seis meses sofre queimaduras em hospital Foto: Reprodução

A bebê de 6 meses que teve parte do corpo queimado durante sua internação no Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tomou banho com a temperatura da água bem acima do nível recomendado. Segundo a Polícia Civil, o líquido estaria em cerca de 50°C, índice bastante superior a 36°C, que é o máximo indicado.

O delegado que apura o caso, Luiz Jorge Rodrigues, afirmou que a enfermeira responsável pelo banho já foi identificada e prestou depoimento na quinta-feira (20), dia em que o caso veio à tona. As queimaduras atingiram as pernas, virilha, genitália, nádegas e parte da barriga da criança. Uma perícia realizada na tarde de quinta apontou a água quente como causa dos ferimentos.

O advogado da família, Pedro Rocha, afirmou que a mãe da criança, Luara, vinha acompanhando sozinha a situação da filha no hospital, pois seu marido, o cuidador de idosos Jefferson dos Santos, estava no trabalho. Na terça-feira, após voltar a sua casa para tomar um banho e trocar de roupa, Luara atendeu à ligação de uma outra paciente do hospital, que informou que algo tinha acontecido com a menina Juliana. Ela correu para o hospital e encontrou a filha já enfaixada.

Os médicos logo disseram a Luara que a menina tinha se queimado durante um banho. Uma perícia parcial realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), na quarta-feira (19), chegou a apontar para a hipótese de as queimaduras terem sido causadas por uma manta quente, procedimento médico usado para tratar algumas enfermidades.

Segundo o advogado da família, Juliana foi internada no hospital com pneumonia. Portadora de meningite, a menina também desenvolveu uma microcefalia, e necessita de internações frequentes. No hospital, a menina chegou a sofrer episódios de convulsão. Segundo o defensor, os médicos queriam dar alta à menina na segunda-feira (17), mas ela permaneceu internada por insistência da mãe.

Depois do fato, a família pediu um prontuário ao hospital para registrar um boletim de ocorrência. Na manhã de quinta-feira o hospital informou que só poderia disponibilizar o prontuário após 30 dias. À tarde, no entanto, o hospital informou que o prontuário já havia sido disponibilizado à família e à polícia. Também na tarde desta quinta, a família informou que Juliana está sedada no hospital, e que o quadro dela é estável.

Em nota, o hospital disse “lamentar profundamente o ocorrido” e que “está prestando toda a assistência necessária para a paciente e para família, além de contribuir com as investigações da polícia”. A nota também aponta que o hospital abriu uma sindicância para apurar o fato, e que “a direção tomará as medidas cabíveis”.

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