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Bebê enterrada viva: Polícia investiga mãe e avó

Médico que atendeu a criança vê propósito divino após menina sobreviver

Henrique Gimenes - 07/06/2018 15h20 | atualizado em 07/06/2018 19h15

Após a prisão da bisavó que enterrou viva a bebê índia recém-nascida, a Polícia Civil do Mato Grosso agora irá investigar se a mãe e a avó da criança participaram do ato. As informações foram dadas pelo portal G1. Nesta terça-feira (5), a menina foi resgatada com vida após passar cerca de sete horas em uma cova com 50 centímetros de profundidade na cidade de Canarana.

Os policiais conseguiram chegar ao local após uma denúncia anônima. A menina foi levada para um hospital da região, mas na noite desta quarta-feira (6), foi transferida para Cuiabá, capital do estado. O quadro de saúde da menina é grave, porém estável. O médico Ulisses do Prado contou ao veículo que há um “propósito divino” no fato de a menina ter sobrevivido tanto tempo e ficar sem sequelas graves.

– A explicação para isso tudo é alguma coisa divina. Já ouvimos relatos, mas alguém sobreviver a cinco ou seis horas nessa situação é a primeira vez – relatou.

A bisavó da criança, Kutz Amin, de 57 anos, disse que a menina não chorou após o parto e, por conta disso, ela pensou que estivesse morta. Seguindo os costumes da comunidade indígena, ela enterrou o corpo no quintal e não comunicou as autoridades.

À publicação, o major João Paulo Bezerra, que participou do resgate, disse que o local onde a menina estava enterrada tinha um saco com latinhas e uma bicicleta em cima “para disfarçar”. Ele também afirmou que foi um milagre a menina ainda estar viva.

– Foi um milagre para todos nós policiais que estávamos lá. Todos ficaram estarrecidos na hora. Nós acreditávamos que a criança estava morta, até pelo tempo que havia se passado. Começamos a cavar onde a bisavó apontou e, para nossa surpresa, ouvimos o choro da criança e continuamos a cavar mais rápido para retirar a criança e levá-la diretamente ao hospital – explicou.

A família diz que a mãe da criança, de 15 anos, teria tido a bebê no banheiro de casa, mas que ela caiu e bateu a cabeça após nascer. De acordo com Damares Alves, representante da ONG ATINI, a mãe da criança é de uma etnia do Parque Nacional do Xingu onde não se permite mães solteiras. Damares explicou ainda que as mães sofrem ao enterrar as crianças, mas atendem ao costume.

Até o momento a polícia já ouviu a bisavó, que teve sua prisão temporária convertida em preventiva, a avó e a mãe da criança. Funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Casa de Assistência à Saúde Indígena de Cuiabá (Casai) foram ouvidos também.

Veja o vídeo do resgate (IMAGENS FORTES):

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