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Bebê de 2 anos morre com 59 lesões; pai e madrasta são presos

Quênia Gabriela Lima sofria tortura e possível abuso sexual

Thamirys Andrade - 10/03/2023 16h31 | atualizado em 10/03/2023 17h11

Menina de 2 anos morre após sofrer 59 lesões no Rio de Janeiro Foto: Reprodução

“O caso mais terrível e desumano com que me deparei na vida”. Foi dessa forma que a delegada Márcia Helena Julião descreveu a tragédia de uma bebê de dois anos que morreu após sofrer 59 lesões corporais, em Campo Grande, no Rio de Janeiro. Os principais suspeitos são o pai e a madrasta da criança, que acabaram presos em flagrante após a denúncia de uma médica.

Segundo informações do portal G1, a bebê, Quênia Gabriela Oliveira Matos de Lima, foi levada para a Clínica da Família Hans já sem sinais vitais. Ao checarem o estado da criança, os profissionais de saúde constataram o óbito e identificaram dezenas de sinais de agressões brutais no corpo da paciente.

No total, foram 17 ferimentos no abdômen, 12 no rosto, 16 no dorso, 7 nas pernas, 6 nos braços, e uma fissura no ânus, o que indica que a pequena provavelmente foi vítima de abuso sexual. Além disso, a menina não se alimentava há ao menos três dias.

Em depoimento, o pai da vítima, Vinícius Lima, e sua companheira, Patricia Ribeiro, alegaram que a criança caiu por diversas vezes no chão, porque era uma menina “levada”. A bebê vivia com o pai desde os três meses, após sua mãe biológica desistir de criá-la porque o ex-parceiro não lhe pagava pensão.

De acordo com o relato de vizinhos, Quênia havia aparecido em público anteriormente com lesões no corpo. Eles ainda afirmam terem ouvido a pequena chorar algumas vezes. Os vizinhos ajudaram a levá-la ao hospital de carro após a madrasta da criança recorrer a eles dizendo que a menina havia “engasgado” e que não estava respirando.

No hospital, a médica que atendeu Quênia se impressionou com a gravidade das lesões e foi pessoalmente até a delegacia para denunciar o pai e a madrasta da menina.

– A doutora veio para a delegacia, mostrou a cara e descreveu todas as lesões. Ela veio correndo, a pé, chegou esbaforida, e em seguida eu mandei a minha policial ir lá que, em seguida, deu voz de prisão ao pai e a madrasta – explicou a delegada.

O homem e a mulher acabaram presos em flagrante e levados para a 43ª DP (Guaratiba e 36ª DP (Santa Cruz), respectivamente. Eles responderão por crime de homicídio qualificado.

– Em 40 anos de profissão, este é o caso mais terrível e desumano com que deparei na vida. Não havia um local nessa criança que não tivesse lesão: a cabeça, a orelha, o tórax, as pernas. A criança estava toda machucada. Como alguém consegue fazer isso com um serzinho tão frágil e indefeso? – questionou a delegada.

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