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Babá muda versão e diz que não viu Jairinho agredir Henry

Thayná Oliveira Ferreira voltou a alterar relato e disse que nunca viu o garoto sofrer ato de violência cometido pelo ex-vereador

Paulo Moura - 07/10/2021 07h43 | atualizado em 07/10/2021 09h40

Babá do menino Henry voltou a mudar versão Foto: Reprodução/Redes Sociais

A babá do menino Henry Borel, Thayná Oliveira Ferreira, voltou a mudar seu depoimento durante a primeira audiência sobre o assassinato da criança, crime que ocorreu em março deste ano. Durante sua fala, que terminou já no início da madrugada desta quinta-feira (7), a babá afirmou que nunca viu Henry ser agredido por Jairinho, versão diferente da apresentada por ela à polícia.

– Me senti usada pela Monique nesse determinado tempo. Me senti usada em que sentido? No sentido de que ela vinha, contava, tentava me mostrar o monstro do Jairinho, e eu ficava com todas as coisas ruins na minha cabeça. Era tudo suposição da minha cabeça. Eu nunca vi nenhum ato – declarou ela, que pediu para que Monique se retirasse durante sua fala.

O ex-vereador Jairinho e a mãe de Henry, Monique Medeiros, são réus no processo sobre a morte do menino. Ao todo, 10 pessoas foram ouvidas entre a manhã de quarta-feira (6) e o início de quinta (7). O pai do Henry, Leniel Borel, um dos ouvidos na audiência, contou que o garoto começou a dar indícios de que não queria voltar ao convívio de Monique e Jairinho dias antes de morrer.

– Ele se agarrava ao travesseiro pra não ir embora com ela. Ela começou a me ligar pra pedir ajuda porque, nos fins de semana, ele não queria voltar pra casa. Eu conversei com ele. Eu fui falar pro Henry que a mãe ‘tava lá embaixo, e ele se agarrou no travesseiro falando: “Não, papai, não quero ir”. Quando ele viu a Monique, começou a chorar – relatou.

O delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação do caso, disse que o menino Henry Borel chegou morto ao hospital. À tarde, foi ouvida na audiência a delegada da Ana Carolina Medeiros, assistente de Henrique Damasceno, que relatou as denúncias feitas pelas ex-mulheres de Jairinho.

– Ouvimos duas ex-mulheres do Jairinho, e as duas relataram [violência] com filhos da mesma idade. Ele fazia questão de levar as crianças para passear sozinho. Uma das mães presenciou ele pisando na barriga do garotinho. Um outro menino teve uma lesão bem grave, quebrou o fêmur – contou.

Sobre agressões de Jairinho a Henry, a delegada disse que as lesões do laudo, depois que o menino morreu, não são compatíveis com as que se apresentariam caso fossem oriundas de um processo de reanimação.

– Ele já vinha sofrendo uma rotina de violência há mais de um mês, tanto física quanto psicológica. Diante de todos os elementos na investigação, conseguimos chegar à conclusão de que o ato comissivo foi dele – completou.

A sessão também foi marcada pela discussão entre o advogado de Monique e um promotor, interrompida pela juíza Elizabeth Machado Louro. O promotor Fábio Vieira e o advogado Thiago Minagé discutiram durante o depoimento do delegado Henrique Damasceno. A magistrada chegou a dizer que a audiência não era a CPI da Covid e que, por isso, não iria “virar circo”.

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