Avião que levou cantor não era autorizado para táxi aéreo
Monomotor fabricado em 1974 podia realizar apenas voos de instrução
Ana Luiza Menezes - 27/05/2019 18h49

A aeronave que transportava o cantor Gabriel Diniz não estava autorizado para realizar o serviço de táxi aéreo. Um registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostra que esta solicitação foi negada.
O monomotor, modelo PT-KLO, foi fabricado em 1974 e estava habilitado apenas para operar voos de instrução. O avião pertencia ao Aeroclube de Alagoas, em Maceió, que decidiu ainda não se manifestar sobre o acidente desta segunda-feira (26). Entretanto, a instituição confirmou que Gabriel não decolou do local.
Na noite de domingo, o cantor fez uma apresentação em Feira de Santana, na Bahia. Além dele, morreram os pilotos Linaldo Xavier e Abraão Farias.
A Anac emitiu uma nota sobre o caso. O texto informou que o veículo estava com situação regular e tinha Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido até fevereiro de 2023. A Inspeção Anual de Manutenção (IAM) valeria até março de 2020.
O modelo onde Diniz estava tinha capacidade para carregar três passageiros mais a tripulação, totalizando 4 lugares disponíveis. A causa do acidente será apurada pelo Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), de Pernambuco (PE), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), do Comando da Aeronáutica.
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