Henrique Gimenes - 23/10/2018 20h49 | atualizado em 24/10/2018 08h09

Nesta desta terça-feira (23), o casal Georgeval Alves Gonçalves e Juliana Pereira Salles Alves compareceram à audiência de instrução e julgamento em Linhares, Espírito Santo. A sessão começou por volta de 8h30 e terminou às 18h20.

Foram ouvidas 16 testemunhas no caso da morte dos meninos Joaquim Salles Alves, de 3 anos, e Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos.

A audiência não foi aberta ao público e aconteceu no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, no bairro Três Barras.

Enquanto as testemunhas eram ouvidas, um grupo realizou um protesto no local e pediu por justiça.

CASO
Com pouco mais de um mês de investigações, a Polícia Civil concluiu que George matou o filho Joaquim, de 3 anos, e o enteado Kauã, de 6, carbonizados. O incêndio aconteceu na madrugada do dia 21 de abril.

Segundo o delegado André Costa, responsável pelo caso, os meninos foram agredidos depois de serem abusados sexualmente para ficarem desacordados e não tentarem fugir do fogo.

O crime aconteceu na cidade de Linhares, no Espírito Santo. O homicídio foi motivado exatamente para esconder os abusos. O caso chocou as autoridades a ponto de o chefe da Polícia Civil, Guilherme Daré, declarar que era pior do que o da menina Isabella Nardoni, assassinada pelo pai e pela madrasta em 2008.

George Alves deve responder por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulnerável. As penas máxima somadas chegam a 126 anos.

A mãe das crianças, Juliana, também foi presa acusada de saber dos abusos que os meninos sofriam.

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