Ana Luiza Menezes - 22/05/2019 21h37

Segundo analista de patrimônio, Geraldo Martins de Melo, irmão de uma das vítimas do atirador, que entrou em uma igreja em Paracatu, Minas Gerais, a intenção do assassino era tirar a vida do pastor Evandro Rama, líder da Igreja Batista Shalom.

Geraldo informou ainda que o autor do ataque, Rudson Aragão Guimarães, tinha sido bloqueado de um grupo de WhatsApp da igreja. A razão do rompimento de relações teria sido seu mal comportamento. O desentendimento aconteceu há um mês e o homem queria se vingar.

– Ele chegou ao local por volta das 19h, arrancou o portão, passou por uma porta de vidro e adentrou pelo salão da igreja chamando pelo nome do pastor. Ele gritava que queria matar o pastor. ‘Se você não aparecer aqui, vou começar a matar pelo seu pai – relatou o analista.

A irmã de Melo se chamava Marilene Martins Melo. Ela tinha 52 anos e foi uma das quatro pessoas mortas no templo, por Rudson, que também deu uma facada na ex-namorada. Geraldo revelou ainda que o assassino era conhecido de sua família há muitos anos.

– Ele cresceu conosco, mas aos poucos começou a trilhar por caminhos tortos. Nos distanciamos justamente porque ele era ‘bagunçado’ aqui na cidade – disse.

De acordo com o relato do irmão, Marlene atuava como orientadora dos fiéis da igreja. Por tentar resolver a confusão, ela acabou perdendo a vida.

– Minha irmã tentou acalmá-lo. Mas ele estava muito agressivo e atirou em uma fiel e na sequência pegou Marilene como refém. Não obedeceu a ordem da polícia e deu um tiro na nuca dela – contou.

Na noite do ataque, a polícia foi acionada. Os agentes atiraram na clavícula de Guimarães, que passou por cirurgia e está internado, em estado estável, no Hospital Municipal de Paracatu (HMP).

O pastor Evandro não morreu, e também se encontra internado no HMP. Segundo o tenente coronel Luiz Magalhães, do 45º Batalhão da Polícia Militar da cidade, o agressor apresentava distúrbio psiquiátrico.

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