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Arqueólogos acham ossadas da época da escravidão em SP

Além de escravos, outras pessoas marginalizadas teriam sido enterradas no local

Jade Nunes - 06/12/2018 08h52

Arqueólogos identificaram resquícios do Cemitério dos Aflitos Foto: Reprodução/G1

Arqueólogos identificaram resquícios do Cemitério dos Aflitos, o primeiro cemitério público da cidade de São Paulo, localizado no bairro da Liberdade, sob os escombros de um prédio.

Segundo os pesquisadores, pelo menos sete esqueletos da época da escravidão no Brasil, enterrados entre 1775 e 1858, foram encontrados entre outubro e dezembro de 2018.

A área que fica entre as ruas Galvão Bueno e dos Aflitos, atrás da Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, é propriedade particular e até o começo de 2018 abrigava um edifício. A proprietária decidiu demolir a construção devido a problemas estruturais e levantar um novo empreendimento comercial.

– Esta é uma obra particular, mas por estar no entorno da capela, que é um bem tombado, está sob a regulamentação dos órgãos de preservação do patrimônio histórico e cultural. Por isso, antes de dar seguimento às obras, as instituições recomendaram uma pesquisa arqueológica para saber se havia evidências do antigo cemitério que historicamente sabia-se que existia aqui – explicou Lúcia Juliani, diretora da empresa A Lasca, ao portal G1.

Até o momento, não se sabe todos os detalhes sobre quem foram as pessoas enterradas no local.

– Os esqueletos não foram enterrados com pertences e pelo menos um deles usava um colar com contas de vidro, o que indica o pertencimento a alguma religião de matriz africana. Assim, no mínimo, a descoberta comprova que o primeiro cemitério de São Paulo era destinado às populações marginalizadas socialmente, aos escravizados, aos presos, aos pobres, às pessoas com doenças contagiosas, aos condenados à forca e àqueles que não possuíam família – esclareceu Sônia Cunha, arqueóloga coordenadora da pesquisa em campo.

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