Argentinos denunciam que são obrigados a ficar em centros de isolamento em condições desumanas
Vídeo viralizou ao longo desta semana em que mulher aparecia pedindo ajuda para deixar o local
Paulo Moura - 23/01/2021 19h28 | atualizado em 23/01/2021 19h29
As condições a que argentinos estão sendo expostos em um chamado “centro de isolamento” na cidade de Formosa, localizada na província argentina de mesmo nome, chamou a atenção do país vizinho e até de brasileiros ao longo desta semana.
Em uma postagem que ganhou bastante repercussão na internet brasileira, a jornalista Maria Assis compartilhou o desespero de uma mulher que foi levada ao local sem consentimento e que denunciava a situação desumana que foi exposta, sem qualquer distanciamento ou informações sobre o exame do filho.
🚨POLÊMICA: Argentinos que foram levados ao Centro de Isolamento de Formosa, fazem protesto pelas condições desumanas no lugar e imploram para que os deixem sair. Em vídeo, mulher denuncia ter sido levada para lá sem o seu consentimento.
+ pic.twitter.com/nnuf6JMnvQ— Maria Laura Assis (@MLauraAssis) January 21, 2021
Em um outro vídeo, pessoas à espera do resultado de seus exames aparecem desesperadas e começam a destruir o centro. Segundo a imprensa local, algumas pessoas já estão há mais de 20 dias obrigadas a permanecer no local mesmo com três exames negativos para Covid-19.
Pessoas infectadas com aqueles que aguardam o resultado do exame e que foram encaminhados por ser um contato próximo a alguém que possui o vírus, convivem juntos em péssimas condições e sem distanciamento social.
+ pic.twitter.com/IV8hoH0yUL— Maria Laura Assis (@MLauraAssis) January 21, 2021
Segundo veículos de mídia argentinos, a Anistia Internacional já alertou as autoridades nacionais do país sobre a situação vivida na província de Formosa e afirmou ser “inadmissível em uma democracia” que pessoas sejam obrigadas a ficar em um local contra suas próprias vontades.
– A Anistia Internacional tem apelado insistentemente às autoridades provinciais e nacionais para que as medidas adoptadas no contexto da pandemia respeitem os direitos humanos. A defesa dos direitos humanos nunca pode ser um crime – completou Mariela Belski, diretora executiva da Anistia Internacional Argentina.
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