Araçatuba: Pai diz que filho foi morto por não segurar em capô
Personal trainer foi executado com 10 tiros
Gabriela Doria - 01/09/2021 08h47 | atualizado em 01/09/2021 09h21
O pai do personal trainer Márcio Victor Possa da Silva, de 34 anos, assassinado por criminosos durante o mega-assalto a bancos em Araçatuba, na última segunda-feira (30), acredita que o filho foi morto por não conseguir se segurar no capô de um dos carros usados pelos bandidos para cometer o crime. Eles usaram cidadãos como escudos humanos na ação.
O servidor aposentado Genival José da Silva afirmou ao portal G1 que reconheceu o filho em um dos vídeos gravados por moradores que filmaram a ação dos criminosos.
– Pela imagem que vi, ele [Márcio] está no primeiro carro. Tem um [outro] em cima, e ele está embaixo, no capô. Quando os bandidos foram saindo para ir embora, ele foi como escudo humano. Acredito que ele caiu, não aguentou segurar, ou viu a oportunidade e tentou fugir, mas foi baleado com dez tiros – disse o homem.
O advogado Jaime José da Silva, tio de Márcio, conta que o rapaz estava voltando de um evento com duas amigas quando foi abordado pelo quadrilha.
– Eles tiraram meu sobrinho do carro. Somente as meninas foram liberadas. Pelo local em que o corpo foi encontrado, chegamos à conclusão de que ele não se segurou. Os bandidos pararam e atiraram. Foram dez orifícios de entrada, salvo engano, e nove de saída – relatou.
Fernando Francisco Alves Filho, amigo há anos de Márcio, diz que foi surpreendido com a notícia da morte do personal trainer após uma ligação da polícia.
– O Márcio era professor de academia e fazia jardinagem comigo. O policial me ligou quatro horas da manhã, perguntando se eu conhecia o Márcio. Falei que sim, que ele trabalhava comigo. O policial respondeu que, infelizmente, o Márcio tinha morrido. Ele era uma pessoa que todos gostavam – lamentou.
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