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Após ser morta por marido, mulher teve carro furtado por sogro

Família da empresária também deu falta de joias e documentos

Gabriela Doria - 06/02/2021 15h39 | atualizado em 06/02/2021 15h44

Homem matou esposa após briga por conta da final da Libertadores Foto: Reprodução

Familiares da empresária Érica Fernandes, morta pelo marido no último domingo (31), em São Paulo, após uma discussão sobre futebol, acusam o sogro de Érica de roubar o carro pertencente à vítima. Eles registraram um boletim de ocorrência contra o pai de Leonardo Souza Ceschini, Alexandre Estevam Ceschini, por “furto do espólio” da mulher.

O carro, do modelo Jeep Renegade, chega a custar R$ 140 nas versões mais completas.

Segundo o boletim de ocorrência, Alexandre Ceschini levou, além do carro, duas TVs, um microondas, uma air fryer, uma panela elétrica e uma cafeteira que estavam na residência do casal.

Ainda segundo o B.O., “logo após os trabalhos periciais, uma advogada, que se identificou somente como Alessandra, apoderou-se de vários documentos pessoais de Érica e dos gêmeos Henri e Lorenzo, além do aparelho celular de Érica”.

A família de Érica afirmou que foram levadas as certidões de nascimentos dos gêmeos e as cadernetas de vacinação deles. Parentes também deram falta da CNH e de joias da vítimas.

– Quando abri a caixa de joias dela, notei que tinha muita bijuteria. De valioso, só a aliança dela. Levaram, por exemplo, as duas pulseiras de ouro branco, dos meninos, cada uma com o nome deles. Não sei exatamente o que foi levado, mas sei que ela tinha joias de ouro, inclusive porque ela tinha alergia a outros materiais – contou Aline Fernandes, irmã de Érica.

MORTA POR DISCUSSÃO SOBRE FUTEBOL
Uma mulher foi encontrada morta dentro de um apartamento em um bairro de alto padrão, na Zona Norte de São Paulo, no último domingo (31). Segundo a Polícia Militar (PM), Leonardo Ceschini confessou ter assassinado a esposa, Érica Ceschini, após uma discussão sobre futebol. O crime teria acontecido após o casal chegar à sua casa depois de uma comemoração pelo título do Palmeiras na Libertadores da América. Érica era torcedora do time alviverde, e Leonardo torce para o arquirrival Corinthians.

Leonardo e Érica deixaram os filhos gêmeos, de 2 anos, com os primos dela no apartamento enquanto participavam da comemoração. Depois que o casal chegou, os meninos ficaram dormindo no quarto, e os parentes foram embora. Horas depois de o casal chegar, a mulher foi encontrada morta sobre uma poça de sangue.

Segundo a polícia, a vítima, que trabalhava no ramo de produtos médicos e hospitalares, parecia ter “lesões nas pernas e costas, aparentemente por instrumento cortante, sendo que havia uma faca próxima a ela”.

Segundo o Boletim de Ocorrência (B.O.) do caso, obtido pelo site UOL, existem três versões do ocorrido. O primeiro relato, feito pelo policial que atendeu a ocorrência, indica que a mulher havia tentado matar o marido e, em seguida, tirado a própria vida no interior do apartamento.

Já Leonardo, que estava ferido no abdome, contou inicialmente aos policiais que “Érica o atacou com a faca, atingindo-o no abdome, e cometeu suicídio”. Entretanto, logo em seguida, segundo a PM, o corintiano mudou a versão.

– [Após ser atingido] Ele [Leonardo] conseguiu tomar-lhe a faca e desferir vários golpes que causaram a morte dela, entendendo [ele] que acabou se excedendo. O motivo de tudo foram desavenças devido a cada um ser torcedor de um time de futebol diferente, observando a final da Taça Libertadores da América: ela palmeirense, ele corintiano – descreve o B.O.

Após atenderem a ocorrência, os policiais deram voz de prisão ao homem e o conduziram ao Hospital do Mandaqui, na Zona Norte da capital paulista. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, o caso foi registrado em flagrante como homicídio qualificado pelo 33º DP (Pirituba), que comanda as investigações.

Leonardo, que está preso preventivamente, foi submetido a uma cirurgia ainda na madrugada de domingo (31), razão pela qual, segundo o B.O, ainda não havia sido interrogado. O apartamento passou por perícia, e a faca foi recolhida.

A família afirmou que “nunca presenciou qualquer briga, agressão entre eles, nem soube de relatos de brigas”, e que ficou espantada com o que aconteceu. Segundo Rene Fernandes, tio de Érica, os familiares pedem que a justiça seja feita pela morte da mulher.

– Os dois, já casados há nove anos, tinham um bom relacionamento com as duas famílias. O sentimento é de surpresa e revolta. E queremos que a justiça seja feita – disse o tio de Érica.

Érica foi sepultada na segunda-feira. Os filhos dela foram ao local do velório, mas segundo Rene, ficaram na parte externa de onde estava o corpo. O tio revelou que os garotos estão sob os cuidados da avó materna, que ainda buscará ajuda psicológica para contar aos pequenos sobre a morte da mãe.

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