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Após reviravolta, Justiça solta suspeita de matar a própria filha

A versão da mãe, que acusava o pai da criança, foi ignorada pelo delegado

Pierre Borges - 13/12/2021 16h09 | atualizado em 13/12/2021 16h59

Laryssa Yasmim Pires de Moraes e Júlia Félix de Moraes
Laryssa Yasmim Pires de Moraes e sua filha Júlia Félix de Moraes Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A Justiça do Distrito Federal determinou a soltura provisória de Laryssa Yasmin Pires de Moraes, presa há quase dois anos após ter confessado que matou a própria filha, Júlia Félix de Moraes, de 2 anos. De acordo com a decisão, o delegado responsável pelo caso não incluiu no inquérito uma declaração em que Laryssa afirmava não ser a responsável pelo crime.

Segundo o Tribunal do Júri de Águas Claras, Laryssa disse, em um termo, no momento do Registro de Ocorrência, que estava dormindo quando o crime ocorreu. Este depoimento, porém, nunca foi apresentado ao Ministério Público ou ao Tribunal.

De acordo a versão, o pai da criança, Giuvan Felix Araújo Costa, teria furado a filha com “uma faca pequena e bem afiada”. Ao perceber o ocorrido, Laryssa então teria usado outra faca para atacar o ex-companheiro, cortando-lhe o rosto, atitude comemorada por Giuvan, que teria percebido a chance de usar o corte como um álibi para não ser incriminado.

Giuvan teria ainda tentado combinar com Laryssa que ela sustentasse a história de que um ladrão tinha invadido a casa, mas a mãe disse que “ficou calada e não conseguiu argumentar”. Segundo Laryssa, ela a mesma reação ocorreu ao ser acusada, em frente à equipe de socorristas, de ter matado a filha.

O juiz responsável pelo caso atribuiu a culpa do ocorrido ao delegado Wolney Nascimento Lopes, que, segundo a sentença, “deixa de incluir no corpo do caderno inquisitorial o Termo de Declaração, portanto, suprimindo tais informações do conhecimento do Juízo e do Ministério Público, acaba por comprometer a formação da opinio delicti e, assim, interferindo no direcionamento a ser dado na persecução penal”.

O caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil do DF, que deverá apurar qual foi a intenção do delegado ao omitir o depoimento, forçando, assim, o arquivamento da investigação contra Giuvan.

Um novo laudo da perícia criminal concluiu que tanto a versão de Laryssa quanto a de Giuvan possuem inconsistências, mas são “parcialmente viáveis”. Após o parecer, o Juiz concedeu liberdade provisória a Laryssa sob a condição de ela utilizar tornozeleira eletrônica.

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