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Após novas denúncias, escola passa a ser investigada por tortura

Mães relataram que filhos voltavam do colégio feridos ou doentes

Thamirys Andrade - 16/03/2022 11h22 | atualizado em 16/03/2022 11h45

Após novas denúncias, escola passa a ser investigada por tortura
Após novas denúncias, escola passa a ser investigada por tortura Foto: Reprodução/Divulgação

A Polícia Civil recebeu novas denúncias contra a escola infantil Colmeia Mágica, na cidade de São Paulo, e decidiu apurar também suspeita de tortura contra os alunos. A mudança ocorre após duas mães dizerem, em depoimento, que seus filhos chegavam do berçário feridos e doentes. As informações são do portal G1.

O colégio está na mira das autoridades desde a última semana, após a polícia receber vídeos que mostram bebês amarrados em “camisas de força” improvisadas com lençóis dentro de um banheiro da instituição. A apuração considera os crimes de maus-tratos, periclitação de vida, submissão a vexame ou constrangimento e agora também de tortura.

Em entrevista, uma das mães ouvidas pelas autoridades contou que seu filho, de 11 meses, precisou ser internado ao retornar da escolinha com falta de ar, em novembro de 2021.

– A diretora e proprietária me ligou dizendo que meu filho estava com dificuldades para respirar. Depois ficou dois dias internado em um hospital para a saturação de oxigênio regularizar – contou a advogada Vitória Costa.

Já a autônoma Laura Stramaro, mãe de um menino de 2 anos, relatou que seu filho apareceu com um ferimento na testa após voltar do colégio.

– Na época, eu até mandei mensagem para a diretora perguntando sobre o que tinha acontecido com ele, mas ela não me respondeu. No dia seguinte, ela disse que não se recordava de nada, mas que ele podia ter batido em algum brinquedo, até porque, eles vão para a escola e estão sujeitos a se machucar.

As mães levaram fotos do ferimento e da internação às autoridades. Segundo elas, na época dos acontecimentos elas pensaram que as crianças haviam se machucado sozinhas, mas após identificarem os vídeos, acreditam que eles tenham sofrido maus-tratos.

Em depoimento, a diretora Roberta Regina Rossi Serme, de 40 anos, reconheceu que os vídeos foram gravados no banheiro que fica ao lado de sua sala, mas negou saber quem gravou e maltratou as crianças. Roberta ainda disse, em reunião com os pais na última sexta-feira (18), que uma ex-funcionária estaria por trás do caso para prejudicar o colégio.

– A pessoa que efetivamente gravou esses vídeos, montou aquela cena pra fazer a gravação dos vídeos. Também ainda não podemos divulgar o apoio externo que essa pessoa recebeu pra fazer a confecção desses vídeos – pontuou seu advogado, André Dias.

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