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Após críticas, Gaviões nega questões políticas no enredo

Escola virou centro de uma polêmica envolvendo a encenação de um personagem de Bolsonaro gay no desfile deste ano

Paulo Moura - 20/04/2022 07h45 | atualizado em 20/04/2022 09h44

Desfile da Gaviões em 2020 Foto: Reprodução/TV Globo

A escola da samba Gaviões da Fiel, que virou centro de uma polêmica envolvendo a encenação de um Bolsonaro gay no desfile da agremiação no carnaval deste ano, emitiu uma nota oficial na noite desta terça-feira (19) sobre o assunto.

No comunicado, a Gaviões afirmou que as matérias veiculadas pela imprensa, em especial a divulgada pela Folha de São Paulo, são “fake news”.

– O Grêmio Gaviões da Fiel esclarece que as informações não são verdadeiras, tratando-se de “fake news”, com objetivo de imputar a agremiação suposta desinformação a respeito sobre sua atividade – declarou a escola.

A agremiação ainda afirmou que o enredo deste ano não trata de questões políticas, mas “traz uma mensagem cultural”. Por fim, a escola disse que os valores da entidade estarão “bem representados na pista”. O desfile da Gaviões está programado para acontecer no sábado (23), por volta das 23h30.

– Destacamos que o enredo da Gaviões da Fiel traz uma mensagem cultural, não tratando de questões políticas ou de apoio partidário em geral. Os nossos valores estarão bem representados na pista, quais sejam: democracia, igualdade, sustentabilidade e paz – completou.

A POLÊMICA
Uma notícia divulgada nesta terça-feira (19) pelo site F5, da Folha de São Paulo, apontou que a escola de samba Gaviões da Fiel trará para a avenida uma sátira ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que será interpretado pelo cabeleireiro Neandro Ferreira, na ala Governantes e Generais. A informação foi revelada ao veículo pelo próprio Ferreira.

– Vou vir como um Bolsonaro bem gay, bichíssima, dando muita pinta – disse ele.

O cabeleireiro ainda prometeu que irá levantar, na avenida, uma placa com a frase “Fora Bolsonaro”. Neandro também afirmou que o desfile terá uma imitação da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que será interpretada pela cabeleireira Gisele Porto.

– Ela vai ser muito bem tratada, reverenciada e cortejada pelo presidente que vou interpretar. Vou fazer tudo exatamente ao contrário da maneira como ele faz. É realmente um manifesto contra o machismo, o fascismo e o preconceito – declarou Neandro.

CRÍTICAS
Para usuários do Twitter, em uma tentativa de ofender o presidente da República, a escola paulista estaria sendo ainda mais ofensiva aos homossexuais. As tags “Bolsonaro gay”, “Gaviões da Fiel” e “homofobia” ficaram entre os assuntos mais comentados na noite desta terça-feira.

– Então, a Gaviões da Fiel acha que representar Bolsonaro gay é algo pejorativo? Achei isso bem homofóbico da parte deles – escreveu um perfil.

– Gaviões da Fiel irá representar Bolsonaro gay no desfile desse ano. Não entendi, então a escola de samba acha pejorativo representar alguém como gay? Virou ofensa? – questionou outro.

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