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Anestesista mandou marido de outra vítima sair durante parto

Em depoimento, homem elencou atitudes consideradas suspeitas do médico para com sua esposa

Thamirys Andrade - 12/07/2022 11h40 | atualizado em 12/07/2022 14h09

Anestesista Giovanni Quintella Bezerra Foto: Arquivo Pessoal

Nesta segunda-feira (11), a polícia ouviu em depoimento o marido de uma segunda suposta vítima do anestesista Giovanni Quintella. O homem, que não quis ser identificado, buscou as autoridades após ficar sabendo da prisão do profissional de saúde, que foi flagrado estuprando uma mulher sedada durante o parto. Ele ficou, então, desconfiado de atitudes suspeitas por parte de Giovanni enquanto sua esposa dava à luz a gêmeos, no dia 6 de julho.

Segundo o marido da parturiente, o anestesista o mandou deixar a sala de cirurgia no decorrer da operação.

– O anestesista me mandou sair na metade do parto. Minha esposa já tinha dormido, e eu não tinha visto nem a criança nascer – declarou, segundo informações do portal Metrópoles.

O depoente também contou que sua mulher perdeu um dos bebês durante a cirurgia, e o anestesista chegou a aconselhá-lo a processar o hospital.

– Tomei um susto quando vi a cara dele [anestesista] no jornal. No domingo de manhã, quando fui visitar meu filho, encontrei com ele no hospital. Ele chegou até a me orientar a colocar o hospital na Justiça, devido à morte do meu filho na cesárea. Sinto muita raiva com tudo isso. A gente está ali confiando nos médicos e acabam fazendo uma coisa dessas – assinalou.

O homem também relatou que sua esposa dormiu por muitas horas após dar à luz. Ela ainda retornou da sala de cirurgia com casquinhas brancas no rosto e pescoço, e com a pele colando.

– Depois de três horas fui perguntar sobre a minha esposa e ela continuava dormindo. Depois, ela me explicou que não é normal dormir assim durante a cesárea – acrescentou.

O CASO
Giovanni foi filmado abusando sexualmente de uma mulher grávida, no centro cirúrgico, ao lado de colegas de trabalho. No vídeo registrado pela equipe de enfermagem, ele coloca seu órgão genital na boca da paciente. O crime dura cerca de dez minutos e, ao final, o médico pega um papel para limpar a boca da vítima e, assim, esconder os vestígios do estupro.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a direção do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart (Hospital da Mulher), acionadas pela equipe médica da unidade, denunciaram o crime à Polícia Civil, que foi até ao local e prendeu Giovanni Quintella Bezerra em flagrante na madrugada desta segunda.

No início da tarde, Giovanni foi levado para o presídio de Benfica, na Zona Norte, onde cumprirá prisão preventiva. Nesta terça (12), será realizada a audiência de custódia.

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