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Anderson do Carmo: Justiça começa a ouvir testemunhas

Nesta quinta-feira devem ser ouvidas somente os depoimentos de acusação

Paulo Moura - 31/10/2019 08h39 | atualizado em 31/10/2019 08h51

Testemunhas do processo que vai julgar filhos de Flordelis devem iniciar depoimentos nesta quinta Foto: Reprodução

A Justiça começa a ouvir nesta quinta-feira (31), as testemunhas do processo em que os dois filhos da deputada federal Flordelis (PSD), Lucas dos Santos e Flávio dos Santos, são réus pela participação na morte do pastor Anderson do Carmo, assassinado no dia 16 de junho em Niterói. A audiência para ouvir os depoimentos está marcada para às 9h na 3ª Vara Criminal de Niterói.

Nesta quinta, são esperados somente os depoimentos das testemunhas de acusação no processo. Flordelis, que está em Brasília, não vai comparecer no local. Por ter a prerrogativa de ser parlamentar, ela pediu para ser ouvida em Brasília, porém, sem data definida para o depoimento.

Após o fim dos depoimentos das testemunhas de acusação, serão ouvidas as de defesa. Por fim, os acusados prestam depoimento. Entretanto, as outras datas ainda não estão definidas pela Justiça.

Entre as testemunhas intimadas a depor, estão filhos de Flordelis como Daniel dos Santos de Souza e o vereador Wagner de Andrade Pimenta, conhecido como Misael, além da delegada titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, Barbara Lomba, responsável pelas investigações do crime.

O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do último dia 16 de junho, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.

Dois filhos da pastora, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos, de 38, estão presos desde o dia 17 de junho, um dia após o crime. Eles foram indiciados pela morte do pastor. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.

Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.

Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.

A mãe de Anderson do Carmo, Maria Edna do Carmo, acredita no envolvimento da nora, Flordelis, na morte do pastor. A irmã de Anderson, Michele do Carmo, que recentemente morreu em decorrência de uma anemia, também acreditava que a deputada havia sido a mandante do crime.

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