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AM: Gêmeas acusadas de furar fila da vacina são exoneradas

Demissão acontece um mês depois de nomeação e depois que as jovens já tomaram as duas doses

Paulo Moura - 13/02/2021 15h33 | atualizado em 13/02/2021 15h35

Gêmeas de família rica foram vacinadas logo após serem nomeadas em Manaus Foto: Reprodução

A Prefeitura de Manaus exonerou na sexta-feira (12), sete pessoas investigadas por supostamente terem furado a fila de vacinação contra a Covid-19. Entre elas, as gêmeas Isabelle e Gabrielle Lins, imunizadas dias após serem nomeadas gerentes de projetos da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).

No site Imuniza Manaus, consta que ambas receberam a segunda dose da vacina quatro dias após o pedido de exoneração de seus cargos. Os CPFs usados na consulta pela reportagem são os disponíveis na lista oficial de vacinados da Semsa.

O caso das irmãs ganhou notoriedade por elas serem herdeiras do grupo empresarial dono do Hospital Nilton Lins, alugado pela segunda vez pelo governo do Estado para funcionar como hospital de campanha para doentes de covid-19.

Também foram exonerados, a pedido, em 1º de fevereiro, os médicos Alessandro Silva Pontes, Carla Angelina Lima Ribeiro, Gabriela Pereira de Aguiar e David Louis de Oliveira Dallas Dias (filho do deputado estadual Wanderley Dallas). A reportagem procurou falar com os profissionais, mas teve retorno apenas da advogada das gêmeas.

Em nota, a defesa afirma que ambas trabalharam “na linha de frente de combate à covid-19” e que “Gabrielle e Isabelle optaram por consignar em juízo a integralidade dos valores por ela recebidos, até que a questão da forma de contratação e qualquer diferença de valor esteja totalmente dirimida pela Justiça”.

A juíza Jaiza Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível do Amazonas, que havia proibido aos supostos fura-filas de tomarem a segunda dose da vacina, afirmou no Twitter, em 11 de fevereiro, que quem descumpriu a determinação pode sofrer penas de improbidade.

– A informação é que a Justiça Federal não autorizou a nenhum fura-fila permanecer no ilícito, descumprindo o Plano Nacional de Imunização do MS (Ministério da Saúde). Pessoas estão morrendo por causa desse tipo de comportamento. Quem repetiu o erro sofrerá as penas da ação de improbidade – destacou.

Gabrielle foi nomeada como “gerente de projetos” em 18 de janeiro, um dia antes do início da vacinação. Já Isabelle, no mesmo cargo, foi nomeada em 19 de janeiro, mesmo dia em que foi imunizada.

*Estadão

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