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Alunos são barrados ao tentar entrar em shopping “elitista”

Funcionária do JK Iguatemi, em São Paulo, negou entrada para estudantes de rede pública

Camille Dornelles - 21/03/2019 09h28 | atualizado em 21/03/2019 10h19

Alunos são barrados na entrada de shopping “elitista” Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (19), uma educadora da cidade de Guaratinguetá, São Paulo, fez um relato sobre discriminação contra um grupo de estudantes. Jozeli Gonçalves é diretora na rede municipal da cidade e relatou o ocorrido em suas redes sociais.

Alguns estudantes das escolas Caloi, Payão, Ana Fausta e André Freire foram contemplados com um ingresso para a exposição Mickey 90 Anos, no Shopping JK Iguatemi, por bom desempenho. Uma excursão foi montada até a cidade de São Paulo, a cerca de 200 quilômetros de Guaratinguetá.

– Uma funcionária, que se identificou como Beatriz, disse que o shopping é “elitista” e que “não tinha nada” apropriado para as crianças comerem no local que, além disso, estaria lotado – denunciou a educadora.

A entrada do grupo acabou sendo liberada depois de muita negociação. A professora afirmou que houve discriminação racial.

– Chegando à praça de alimentação, foi constatado que havia muitos lugares vazios e não houve qualquer dificuldade para acomodar as crianças. Um fator que chamou a atenção dos envolvidos é que uma das escolas chegou antes com as crianças e entrou normalmente no local. No grupo que foi barrado, tanto a diretora quanto várias crianças são negras – descreveu.

NOTAS DE REPÚDIO
Após o relato ser divulgado, o shopping ligou para uma das escolas visitantes e afirmou que não compactua com a ação da funcionária. Afirmou que o problema foi um fato isolado. O prefeito de Guaratinguetá, Marcus Soliva, também se manifestou e emitiu uma carta de repúdio.

– Cerca de 120 alunos foram barrados ao tentar entrar no shopping por uma pessoa que se identificou como Beatriz. Fica aqui nosso total repúdio por esse ato! – declarou o prefeito.

A Secretaria Municipal da Educação de Guaratinguetá também denunciou a ação, afirmando que “repudia racismo e qualquer forma de discriminação, e continua acompanhando e apoiando educadores e alunos nas providências que julgarem necessárias”.

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