Gabriela Doria - 18/08/2020 18h15 | atualizado em 18/08/2020 18h25

O alemão Klaus Berno Fischer, de 73 anos, dono do estúdio de pornografia infantil encontrado em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, oferecia comida como forma de aliciar crianças e adolescentes para participarem dos produções pedófilas que dirigia.

A informação foi pelas próprias vítimas durante depoimento à polícia.

Inicialmente, acreditava-se que Fischer oferecia apenas quantias em dinheiro e presentes em troca dos abusos. As ofertas eram de R$ 30 a R$ 50.

– Ele (alemão) dava dinheiro, mas também comida. Fazia lasanha, dava sorvetes. São crianças e adolescentes de famílias muito humildes. Ele se aproveitava dessa situação – disse o delegado Luís Maurício Armond, da 35ª DP (Campo Grande).

Até o momento, a maioria das vítimas identificadas tem entre 10 e 14 anos. No entanto, há relato de que uma menina de cinco anos tenha participado das filmagens. As vítimas eram oriundas de uma comunidade na Zona Oeste.

Uma adolescente aliciada pelo alemão revelou detalhes de como eram as gravações no estúdio. Ela disse que foi obrigada a ter relações com outra menor de idade enquanto era filmada pelo estrangeiro.

Outra testemunha afirmou que algumas crianças eram penduradas por algemas no teto do estúdio enquanto eram chicoteadas por Fischer. A informação condiz com os diversos itens de sadomasoquismo encontrados no local.

Agora, a polícia tenta encontrar o maior número de vítimas de Fischer, além de comparsas que intermediavam o aliciamento das menores.

A polícia também suspeita que o alemão, que é dono de uma agência de turismo no Rio de Janeiro, tenha usado a empresa para oferecer turismo sexual a estrangeiros.

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