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Angelo Máximo acredita que medidas cautelares são importantes

Natalia Lopes - 26/08/2019 07h55 | atualizado em 26/08/2019 09h25

Irmã e mãe de Anderson do Carmo com o advogado Angelo Máximo Foto: Pleno.News/Rafael Ramos

O advogado Angelo Máximo, que representa dona Maria Edna Virgínio, mãe do pastor Anderson do Carmo, e também a irmã dele, Michelle do Carmo, vê muita demora na resolução do caso. Ao Pleno.News, ele contou que dona Maria Edna está doente, debilitada emocionalmente e impossibilitada de viajar por recomendações médicas.

– A família acompanha tudo com espanto, elas estão assustadas e eu fico preocupado com a saúde da minha cliente. Para elas, a sensação é de total impunidade. Depois de tantos depoimentos é realmente de saltar os olhos que o caso não esteja solucionado – analisa.

Maria Edna durante homenagem ao filho, o pastor Anderson do Carmo Foto: Pleno.News

Angelo acredita que a prisão preventiva, além de desnecessária, fere o princípio da presunção de inocência estabelecido na Constituição Federal, mas medidas cautelares seriam adequadas. O advogado defende a suspensão do exercício da função pública, o monitoramento com tornozeleira eletrônica e o comparecimento periódico em juízo não só para a deputada Flordelis como para alguns de seus filhos e netos.

– A acusação não pede a prisão preventiva, mas medidas cautelares são importantes. São várias as provas contra diversos familiares, falta coragem para a autoridade policial fazer o indiciamento – completou.

FLORDELIS NÃO ACREDITA EM PRISÃO
O assassinato completou 70 dias neste domingo (25). Na sexta-feira, em entrevista à nossa reportagem, Flordelis afirmou que é inocente e acredita no trabalho de seus advogados.

– Eu não acredito na minha prisão. Porque sou inocente. Acredito no trabalho da Justiça e do meu advogado que está sendo orientado por Deus e de todos os advogados que estão trabalhando comigo neste caso. Acredito muito naquilo que eu canto – justificou.

Flordelis durante o enterro do marido Foto: Samuel Santos

O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do dia 16 de junho, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.

Dois filhos da pastora estão presos preventivamente, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.

Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.

Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.

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