Advogado de torcedor detido por assédio: “Foi beijo fraternal”
No Instagram, repórter disse que sofreu assédio
Pleno.News - 08/09/2022 15h00 | atualizado em 08/09/2022 15h11

Um torcedor do Flamengo foi detido após ser acusado de assediar a repórter Jéssica Dias, da ESPN. Ele teve a prisão preventiva decretada após passar pelo Juizado Especial Criminal. O caso de importunação sexual foi registrado minutos antes da partida entre Flamengo e Vélez Sarsfield, pela semifinal da Copa Libertadores, na quarta-feira (7), segundo informações do Estadão.
Thiago José, advogado do torcedor Marcelo Benevides Silva, disse ao UOL Esporte que seu cliente é inocente. Marcelo está na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Central do Rio de Janeiro.
– O meu cliente não cometeu um crime. Aquele beijo foi um beijo fraternal. Um beijo de torcedor, um beijo de admirador, de uma pessoa que admira a equipe da ESPN. O meu cliente acompanha o trabalho da reportagem ESPN. Então, naquele momento de interação, ele sentiu o momento de ele participar, mas participar com felicidade, sem agredir, sem causar problemas ou gerar danos. Sem conduta dolosa. Meu cliente é inocente. Aquele beijo foi um beijo simples, sem intenção de maldade. O meu cliente é uma pessoa boa – falou.
Importunação sexual é crime inafiançável. O torcedor já passou por um julgamento no Juizado Especial Criminal (Jecrim) do estádio e, após audiência de custódia, teve prisão preventiva decretada. Agora, o torcedor aguarda audiência de custódia que poderá ser entre esta quinta (8) e sexta-feira (9).
Por meio das redes sociais, a repórter Jéssica Dias disse que houve assédio.
– Foi só um beijinho no rosto. Não. Não foi. Antes tiveram muitos xingamentos e importunação porque o ao vivo demorava. Pedi calma e para que não ficasse xingando, não precisava. Vieram os “pedidos de desculpa” com alisamentos nos ombros e um beijo no local. Eu estava prestes a ser chamada para o link e mantive a posição, existe uma logística que exige concentração. Outra tentativa de beijo no ombro. Me esquivei e meu câmera chamou a atenção dele. O último ato foi o beijo no rosto. Que poderia ter sido na boca e não mudaria nada. Eu sofri importunação sexual enquanto trabalhava e isso é crime. Eu não queria beijo, não queria carinho, não queria passar três horas em uma delegacia. Eu só queria trabalhar. O ser humano que fez isso estava com um filho menor de idade que se desculpou pelo pai. O menino não tem culpa, não punam a família dele. Eu agradeço todo apoio e carinho dos meus chefes, colegas, torcedores, telespectadores e ouvintes – escreveu.
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