Cristã sofre perseguição ao dizer que homossexualidade é pecado
Amanda Marques disse que foi alvo de inquérito policial por manifestar preceito bíblico
Paulo Moura - 22/03/2022 13h09 | atualizado em 22/03/2022 14h48

Cristã, a advogada Amanda Marques denunciou em suas redes sociais que sofreu perseguição após publicar um vídeo em que disse que a homossexualidade é pecado. Em uma postagem compartilhada em sua conta no Instagram nesta segunda-feira (21), ela falou sobre o caso e relatou que um inquérito policial chegou a ser aberto contra ela por causa da declaração.
De acordo com Amanda, tudo começou quando ela publicou um vídeo, em setembro do ano passado, onde falava sobre a importância dos cristãos terem se manifestado nos atos de 7 de setembro em defesa da liberdade de expressão, especialmente da liberdade religiosa.
Logo após a publicação, segundo ela, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal enviou um ofício para a Polícia Civil pedindo a abertura de um inquérito para investigar as declarações feitas por ela no vídeo. De acordo com Amanda, a justificativa para o pedido seria que seu vídeo incitaria “práticas homofóbicas”.
O ofício, segundo a advogada, citou uma determinada pessoa, não identificada no documento, que relatou as declarações feitas por Amanda no vídeo de setembro do ano passado. Na ocasião, Marques ressaltou que a liberdade de expressão dos cristãos estaria sendo restringida por, entre outras coisas, não poder dizer que a relação homossexual é pecado.
No entanto, para Amanda, tal acusação não tem fundamento, pois a palavra pecado diz respeito exclusivamente a questões religiosas. De acordo com ela, essa postura demonstra uma tentativa do Estado de entrar nas igrejas e alterar as crenças cristãs.
– Pecado se fala em Bíblia, em religião, quando falamos de pecado, estamos falando da esfera religiosa. O Estado está tentando entrar de qualquer maneira dentro das nossas igrejas, para alterar aquilo que nós cremos, por força de lei e essa força não é brincadeira. Isso aqui foi um ofício encaminhado para a polícia para abrir um inquérito policial contra mim – ressaltou.
Após o ofício ter sido enviado para a Polícia Civil, o inquérito policial foi então instaurado e chegou até a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em razão de Amanda ser advogada. De acordo com ela, porém, todo o trâmite ocorreu sem que ela sequer fosse ouvida.
Na OAB, Amanda chegou a ser alvo de um processo ético disciplinar, que, porém, foi arquivado por falta de elementos.
Na sequência, a questão então chegou ao Ministério Público (MP), que concluiu que não houve qualquer crime nas afirmações feitas por Amanda. De acordo com a advogada, a promotora responsável pelo caso ressaltou que não há qualquer ilegalidade em uma pessoa pregar sua religião. Por fim, Amanda destacou que os cristãos devem aproveitar o direito que têm de pregar a sua fé.
– Minha gente, não é crime você dizer que pecado é pecado, não é crime você falar da sua fé, em qualquer circunstância, o que você não pode fazer é desvirtuar a Palavra para ofender a imagem ou a honra de outra pessoa gratuitamente – completou.
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