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Advogada de George e Juliana: ‘Propósito é divulgar Deus’

Ela negou que eles tinham o objetivo de se promover e disse que acusação foi feita em mensagens sem contexto

Henrique Gimenes - 26/06/2018 21h07 | atualizado em 27/06/2018 09h18

George Alves e Juliana Salles Foto: Reprodução

Uma das integrantes da equipe de advogados que defende os pastores George Alves e Juliana Salles negou, nesta terça-feira que o casal tenha premeditado o crime para conseguir fiéis. A declaração da advogada Milene Freire foi feita ao portal G1.

Ao determinar pela prisão de Juliana, o juiz do caso, André Bijus Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, considerou que ela sabia do risco que os meninos Kauã e Joaquim corriam. O magistrado baseou sua decisão em informações obtidas nos celulares dela, além de destacar que ambos buscavam “uma ascensão religiosa e aumento expressivo de arrecadação de valores por fiéis”, motivo pelo qual ceifaram “a vida dos menores”. Para advogada, no entanto, o casal queria apenas “divulgar o reino de Deus”.

– Juliana sabe dessa acusação e disse que isso jamais existiu. O propósito de vida deles é divulgar o reino de Deus, divulgar a cristandade. Quando ele diz ganhar multidões, é nesse sentido. A igreja não obriga ninguém a dar dinheiro – apontou.

À publicação, Milene Freire também apontou que foram utilizados trechos de mensagens trocadas entre George Alves e Juliana Salles fora de contexto, o que serviu para distorcer as informações no processo.

– Foram trinchados pedaços de conversas que, jogados da forma como foram, não têm fundamentação. A conversa em que Juliana diz que tinha nojo, eles usaram querendo relacionar ao fato de que ela sabia de uma índole sexual doentia de George. Na verdade, ela viu mensagens em que George diz a um apóstolo, um mentor espiritual, que ele havia tido sonhos com uma mulher. Ele se sentiu culpado, por isso respondeu que se sentia imundo – ressaltou.

CASO
Com pouco mais de um mês de investigações, a Polícia Civil concluiu que o pastor George matou o filho Joaquim, de 3 anos, e o enteado Kauã, de 6, carbonizados. Segundo o delegado André Costa, responsável pelo caso, os meninos foram agredidos depois de serem abusados sexualmente para ficarem desacordados e não tentarem fugir do fogo.

O crime aconteceu na cidade de Linhares, no Espírito Santo. O homicídio foi motivado exatamente para esconder os abusos. O caso chocou as autoridades a ponto de o chefe da Polícia Civil, Guilherme Daré, declarar que era pior do que o da menina Isabella Nardoni, assassinada pelo pai e pela madrasta em 2008.

George Alves deve responder por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulnerável. As penas máxima somadas chegam a 126 anos.

A mãe das crianças, Juliana, também foi presa acusada de saber dos abusos que os meninos sofriam.

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