Acusados pela chacina na Grande SP, em 2015, vão a júri
Dois PMs e um guarda-civil são acusados de assassinar 17 pessoas por vingança
Camille Dornelles - 18/09/2017 11h45 | atualizado em 18/09/2017 14h14
No dia 13 de agosto de 2015, 17 pessoas foram mortas por dois policiais militares e um guarda-civil nas cidades de Osasco e Barueri, grande São Paulo. Nesta segunda-feira (18), os três acusados vão a júri popular.
O julgamento começou às 13h30 e não tem hora para terminar. A expectativa dos promotores é que o processo se estenda por até doze dias antes de se ouvir a sentença da juíza Élia Bulman, que conduz o caso. No total, serão ouvidas 20 testemunhas de acusação e 23 de defesa.
De acordo com as investigações, os réus – Fabrício Emmanuel Eleutério, 32, Thiago Barbosa Henklain, 30, e Sérgio Manhanhã, 43 – agiram para vingar as mortes de um guarda-civil e de um PM ocorridas dias antes.
Eles estavam encapuzados e dispararam tiros à queima-roupa na rua e em estabelecimentos públicos. Na época dos crimes, outros quatro policiais foram presos por suspeita de envolvimento, mas foram soltos pela Justiça Militar em fevereiro do ano passado.
Além dos 17 assassinados, também foi morta uma testemunha que colaborou com as investigações policiais e uma menina de 15 anos, atingida por uma bala perdida no dia dos crimes. As vítimas não tinham passagem pela polícia.
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