Acusado de matar Marielle revela que já foi assessor do PT
Élcio Queiroz disse em depoimento que trabalhou para Lindbergh Farias
Gabriela Doria - 05/11/2019 21h48 | atualizado em 06/11/2019 08h35
O ex-policial militar Élcio Queiroz, um dos acusados de participar da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, revelou em depoimento que já trabalhou para o Partido dos Trabalhadores.
No vídeo, divulgado pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), Élcio afirma que foi assessor do então prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh Farias. Ainda de acordo com o suspeito, o petista foi o “melhor patrão que já teve”.
“Fui assessor do PT em Nova Iguaçu, quando o prefeito era Lindbergh…o melhor patrão que já tive”: Élcio, comparsa do tal Ronie apontados como assassinos de Marielle. Tudo criado contra o Presidente não tem cheiro de cortina de fumaça, mas de um prédio inteiro queimado! pic.twitter.com/hGRRZ2L7xD
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) November 5, 2019
– Não tenho antipatia nenhuma por governo de esquerda. Já fui até funcionário de governo de esquerda. Fui assessor do PT em Nova Iguaçu, quando o prefeito era Lindbergh [Farias]. Foi o melhor patrão que já tive, pagava muito bem seus funcionários. Não tenho nada que falar da esquerda, somente curiosidade – disse Élcio no depoimento.
Élcio Queiroz é apontado como o motorista do carro que perseguiu a vereadora Marielle Franco no dia de seu assassinato. Ao seu lado estaria o também ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que matou a vereadora e seu motorista, em março de 2018.
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