Acusadas de matar família são condenadas a mais de 60 anos
Anaflávia Martins Gonçalves e a então namorada dela, Carina Ramos de Abreu, foram condenadas nesta quarta-feira
Paulo Moura - 14/06/2023 08h05 | atualizado em 14/06/2023 19h04
A Justiça de São Paulo concluiu, na madrugada desta quarta-feira (14), o julgamento de três pessoas acusadas de roubar, matar e queimar uma família em Santo André, no ABC Paulista, em janeiro de 2020. Na ocasião, foram mortos o casal Romuyuki Veras Gonçalves e Flaviana de Meneses Gonçalves, além do filho deles, Juan Victor Gonçalves.
Após o término do júri popular que julgou o caso, foram condenadas a filha do casal, Anaflávia Martins Gonçalves; a então namorada dela, Carina Ramos de Abreu; além de Guilherme Ramos da Silva, que também teve envolvimento nas mortes. Outros dois réus, os irmãos Juliano e Jonathan Ramos, serão julgados em agosto.
Anaflávia foi condenada a 61 anos, 5 meses e 23 dias de prisão, enquanto Carina recebeu uma sentença de 74 anos, 7 meses e 10 dias. Guilherme, por sua vez, foi condenado a 56 anos, 2 meses e 20 dias. Os condenados já estão presos e não poderão recorrer da decisão em liberdade.
SOBRE O CASO
Os cinco réus pelas mortes foram flagrados por câmeras de segurança entrando e saindo da residência onde as três vítimas moravam, em um condomínio fechado de casas em Santo André. Romuyuki, Flaviana e Juan foram mortos no local em 27 de janeiro de 2020, com golpes na cabeça.
Os corpos, no entanto, foram encontrados apenas no dia seguinte, carbonizados, dentro de um carro da família, em uma área de mata em São Bernardo do Campo, município vizinho a Santo André. O Ministério Público afirmou na acusação que os três homens envolvidos no crime entraram no imóvel com a ajuda de Anaflávia e Carina.
De acordo com as investigações, os cinco queriam roubar R$ 85 mil que estariam num cofre, mas como não encontraram o dinheiro, decidiram levar pertences das vítimas e matá-las.
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