6 fatos que marcaram o início da gestão de Crivella
A gestão do prefeito completa seis meses neste sábado

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, anunciou nomes dos novos secretários Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão
Henrique Gimenes - 01/07/2017 08h30 | atualizado em 01/07/2017 12h00
Neste sábado (1º), o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, completa seis meses à frente da administração municipal. Nesse período, o prefeito tirou do papel o mutirão de cirurgias em hospitais municipais, que tinha como objetivo reduzir a fila de espera de pacientes nas unidades, mas teve algumas de suas decisões questionadas.
O Pleno.News listou seis fatos que marcaram o início da gestão de Crivella.
1. Veto ao aumento das passagens de ônibus
Uma das primeiras medidas na gestão Crivella, em janeiro, foi o veto ao aumento do preço das passagens de ônibus até que todos os veículos estejam climatizados com ar-condicionado. Em abril, as empresas recorreram da decisão na Justiça e ganharam em maio, conseguindo o aumento no valor da passagem para R$ 3,95, mas a Prefeitura acabou por reverter a decisão, mantendo o valor de R$ 3,80.

2. Privatização da Cedae
A privatização da Cedae, controlada pelo Estado, foi um dos pontos estabelecidos no acordo de socorro do Governo Federal ao Rio, que passa por grave crise financeira. O acordo foi acertado em janeiro. Marcelo Crivella se posicionou contra a medida. Em fevereiro, o prefeito afirmou que poderia criar uma companhia municipal de água e esgotos caso a Prefeitura não participasse da discussão da privatização.

3. Nomeação do filho para cargo na Prefeitura
O prefeito resolveu nomear seu filho, Marcelo Hodge Crivella, para a Secretaria da Casa Civil, em fevereiro. O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), entendeu que se tratava de nepotismo e suspendeu a indicação. O prefeito continuou tentando seguir com a nomeação, alegando que o filho tinha competência e idoneidade para o cargo. Em maio, a juíza Neusa Regina Larsen Alvarenga Leite, da 14ª Vara de Fazenda Pública, também determinou o afastamento do filho de Crivella do cargo.

4. Polêmica do Carnaval
O Carnaval contou com algumas polêmicas para o prefeito. Antes do início do evento, Crivella afirmou que iria viajar e fazer um retiro espiritual durante a festa. Na abertura, deixou o Rei Momo esperando por duas horas e não compareceu durante a entrega da chave da cidade, feita pela secretária de Cultura, Nilcemar Nogueira. A secretária alegou que o não comparecimento do prefeito se deu pelo motivo de sua esposa estar doente. Crivella também não foi ao evento no Sambódromo, o que rendeu outras críticas.

5. Blindagem nas escolas em áreas de conflito
Após a morte de uma estudante dentro de uma escola pública na Zona Norte do Rio, em março, o prefeito anunciou a intenção de blindar escolas em áreas de conflito da cidade. A estudante Maria Eduarda, de 13 anos, foi baleada durante uma aula de educação física na escola em Acari. Em abril, Crivella disse que a argamassa especial, que será utilizada para a blindagem, já havia sido encomendada.

6. Verbas para escolas de samba
No mês passado, Crivella indicou que pretende cortar pela metade a verba destinada às escolas de samba em 2018. A ideia é destinar os recursos para o aumento no pagamento de diárias das creches privadas conveniadas com a Prefeitura. A medida causou desentendimento com as escolas. A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) afirmou que o desfile de 2018 seria cancelado. Na última quarta-feira (28), o prefeito se encontrou com os presidentes das agremiações e da Liesa para discutir a medida.
