Gabriela Doria - 19/10/2017 17h36 | atualizado em 20/10/2017 21h35

O Superior Tribunal de Justiça acatou, nesta quinta-feira (19), o pedido de habeas corpus da defesa de Carlos Arthur Nuzman. O ex-dirigente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) está sob custódia desde o dia 5 de outubro. A expectativa é que ele seja solto nesta sexta-feira (20).

O colegiado do STJ considerou que a prisão era uma medida desproporcional aos crimes que Nuzman está sendo acusado. Por unanimidade (4 a 0), a sexta turma decidiu substituir a detenção por medidas cautelares. Dentre elas estão a entrega do passaporte e a proibição de entrar em contato com os demais envolvidos na denúncia.

No pedido de habeas corpus, a defesa de Nuzman afirmou que a prisão era um “constrangimento ilegal” e disse que “não é tolerável que se mantenha no cárcere, sem culpa formada, um homem de 75 anos de idade, que enfrenta problemas de saúde incompatíveis com o insalubre ambiente prisional, situação que coloca em risco sua vida e integridade física”.

Carlos Arthur Nuzman responde pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção passiva e evasão de divisa. Ele foi preso numa das fases da Operação Unfair Play, que investiga a compra de votos para a eleição do Brasil como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

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