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Campanha Sinal Vermelho: ‘X’ na mão denuncia agressões

Vítimas de violência doméstica podem pedir socorro e mais de 10 mil farmácias entraram na campanha

Camille Dornelles - 29/06/2020 13h13

Uma campanha contra a violência doméstica, lançada no último dia 10, permite que a vítima relate os maus-tratos que sofre de forma silenciosa e discreta. Com apenas um “X” vermelho desenhado na mão é possível denunciar que se está sofrendo agressões.

A campanha foi criada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela é voltada para as farmácias, para que elas recebam as denúncias e atuem como agentes na comunicação contra a violência doméstica.

Farmacêuticos e balconistas são treinados para identificar o símbolo e fazer os acolhimentos das vítimas. Eles acionam a polícia e não precisam ser levados a testemunhar. Mais de 10 mil farmácias brasileiras entraram na campanha.

Abrafarma, A Nossa Drogaria, Droga Quinze, Unifarma, Pague Menos, Droga Raia, Drogaria Venâncio, Drogasil, Drogaria São Paulo, Drogaria Globo, Extrafarma, Farma Ponte, Redepharma e Rede Drogal são algumas das redes participantes.

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Mulher que está sofrendo violência na pandemia: você não está sozinha! Se você está com dificuldades de denunciar seu agressor, faça um x vermelho na palma da sua mão e mostre em uma farmácia. O atendente chamará a polícia. #sinalvermelho

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– Quando vimos o crescimento da violência doméstica em outros países por causa do coronavírus, sabíamos que chegaria aqui no Brasil. Por isso, começamos a pensar em uma campanha – declarou a Juíza Eunice Prado, da Coordenadoria da Mulher da AMB.

AUMENTO DE DENÚNCIAS
Nos primeiros meses da pandemia no Brasil, março e abril, o índice de denúncias de feminicídios avançou 22%. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. E os relatos de violência doméstica cresceram 40% em relação ao mesmo período de 2019, de acordo com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

A advogada de família Mirtes Rodrigues da Silva falou ao Pleno.News sobre o aumento de registros na pandemia e acredita serem novos casos e não apenas novas notificações.

– O problema não é a quarentena em si e sim a convivência que aumenta e, consequentemente, também aumentam os conflitos familiares – declara.

Ela também explica que os familiares precisam ajudar a mulher vítima a sair desta situação. Com a proximidade diária, a violência se torna mais notória.

– A família da vítima com certeza estará disposta a encontrar uma maneira de ajudar. Além do mais, quem sai do lar é o agressor e não a vítima – declarou a especialista.

CANAL DE DENÚNCIA
Ligue 180 em casos de violência doméstica contra mulheres e 100 em casos de violência e maus-tratos contra idosos, menores de idade, pessoas com deficiência, moradores de rua, grupos étnicos e migrantes ou refugiados.

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