Camargo vira réu por acusar falsamente Tabata de racismo
Queixa-crime da deputada foi aceita pela Justiça do Distrito Federal
Pleno.News - 11/03/2022 19h15 | atualizado em 11/03/2022 19h54

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, se tornou réu na Justiça após a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) apresentar uma queixa-crime por difamação e falsa acusação de racismo. O juiz da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, Renato Coelho Borelli, encaminhou a denúncia ao Ministério Público, na última segunda-feira (7), e estabeleceu prazo 10 dias para Camargo se pronunciar.
A ação foi protocolada por Tabata após Camargo insinuar nas redes sociais que a deputada tinha sido racista ao denunciá-lo por propagar fake news.
Ainda de acordo com a queixa-crime, Camargo é acusado de compartilhar em suas redes sociais uma montagem de uma suposta conversa entre a parlamentar e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Na publicação, Camargo atribui a Tabata a declaração: “Deixa eu menstruar, Bolsonaro”, ao que o presidente ironiza: “E quando foi que eu proibi?”.

Tabata destacou no processo que nunca houve esse diálogo com Bolsonaro e que jamais publicou este conteúdo em suas redes. Para a deputada, “o compartilhamento da fake news tinha, ao que tudo indica, o propósito de a desmoralizar, ridicularizar e avilanar” sua honra.
Na ocasião do post, Camargo reiterou em suas redes que “o meme foi compartilhado por milhares de pessoas, e ela ter escolhido logo um negão para processar mostra um provável racismo e perseguição”.
Camargo ainda afirmou, à época, que iria avaliar a possibilidade de acionar a Justiça contra a deputada pelo crime de racismo.
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