Camargo: João Alberto “não representa os pretos honrados”
Presidente da Fundação Palmares ainda chamou vítima de "marginal"
Gabriela Doria - 25/11/2020 17h01

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, afirmou em publicação no Twitter que João Alberto Silveira Freitas, morto em uma unidade do Carrefour de Porto Alegre, “não representa os pretos honrados”. Camargo também chamou a vítima de “marginal” no comentário.
– Marginais não representam os pretos honrados do Brasil, seja Marighella, Madame Satã ou o negro do Carrefour – disparou.
A afirmação foi feita em resposta a uma reportagem que dizia que o filme Marighella “driblou a censura” e está em exibição nos cinemas de Salvador, na Bahia. Camargo disse que “o terrorista comunista Marighella era branco”, que “o filme não sofreu censura alguma” e que “cada um gasta seu dinheiro como quiser. O meu nunca terão!”.
– O terrorista comunista Marighella era branco!
– O filme não sofreu censura alguma!
– Marginais não representam os pretos honrados do Brasil, seja Marighella, Madame Satã ou o negro do Carrefour.
– Cada um gasta seu dinheiro como quiser. O meu nunca terão! pic.twitter.com/MimF7ULVfb— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) November 25, 2020
Na última quinta-feira (19), às vésperas do Dia da Consciência Negra, João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado e asfixiado até a morte por seguranças de uma filial do supermercado Carrefour, em Porto Alegre. Os dois seguranças que aparecem agredindo João Alberto e a fiscal que filmou a ação estão presos, acusados de participar do homicídio.
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