Gabriela Doria - 15/03/2021 17h24 | atualizado em 15/03/2021 18h04

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, usou o Twitter para manifestar sua indignação após três diretores da instituição pedirem demissão coletiva. Segundo Camargo, os ex-colaboradores que apresentaram uma carta informando da demissão “foram à mídia” para difamá-lo.

– Ebenézer Nogueira, Raimundo Nonato e Roberto Concentino têm apoio do PT. Eles saíram da Palmares e foram à mídia para me difamar. Agora sabemos de que lado estão. Foram aplaudidos pela Joice Hasselmann, agora pelo PT. Portanto, estão contra a Palmares, contra o governo Bolsonaro e contra a direita! – escreveu Camargo.

Ele também citou o presidente Jair Bolsonaro ao comentar sobre a demissão coletiva.

– Frase que o presidente Bolsonaro costuma dizer: determinado ministro só será demitido se for elogiado pela Globo ou Folha. A situação dos ex-gestores da Palmares é exatamente a mesma. São indignos de ficar no governo, pois fazem a alegria de seus piores inimigos – finalizou.

FALTA DE “VIABILIDADE DE DIÁLOGO”
Na última semana, três diretores da Fundação Palmares pediram demissão alegando que não há “viabilidade de diálogo” com Sergio Camargo.

– Coerentes com nossos princípios morais e políticos, tomamos uma difícil decisão de desligamento de nossos cargos por não encontrarmos mais viabilidade de diálogo entre os diretores e o presidente – diz um trecho da carta.

O motivo da insatisfação dos ex-diretores tem a ver com o desejo de Camargo de realizar uma reforma para devolver a antiga sede da fundação. No entanto, o contrato precisaria ser assinado pelos três diretores – que discordaram dos termos do documento.

Camargo, então, teria pressionado os ex-colaboradores para assinar, chegando a dizer que “quem não tiver coragem de assinar que entregue o cargo”.

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