Cade investiga suposto cartel de empreiteiras no país
Esquema durou 16 anos e chegou a atuar em obras de metrôs em 7 estados e no DF
Henrique Gimenes - 18/12/2017 17h31 | atualizado em 18/12/2017 17h55

Informações conseguidas por meio de um acordo de leniência com a empreiteira Camargo Corrêa levaram o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a abrir processo para investigar um suposto cartel de empreiteiras em projetos de licitação do metrô em diversos estados.
O esquema teria durado 16 anos e atingido Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal. O acordo foi assinado em conjunto com o MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo no dia 5 deste mês.
Entre as empresas que faziam parte do cartel estão a Andrade Gutierrez, Carioca, Constran, Queiroz Galvão, Marquise, OAS, Odebrecht e Serveng. Além destas, outras dez construtoras também são investigadas: Alstom; Cetenco; Consbem; Construcap; CR Almeida; Galvão Engenharia; Heleno & Fonseca; Iesa; Mendes Junior e Siemens.
Segundo as investigações, pelo menos 21 licitações entre os anos 1988 e 2014 teriam sofrido influência do esquema. Entre as práticas do cartel estão fixações de preços, divisão de mercado e troca de informações entre as empresas que têm interesse em determinada obra.
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