Cabrini investiga exploração sexual infantil na Ilha do Marajó
Jornalista entrevistou vítimas e familiares
Pleno.News - 24/02/2024 19h10 | atualizado em 26/02/2024 13h04
Roberto Cabrini apresenta uma reportagem especial sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes na Ilha do Marajó (PA), no Domingo Espetacular que vai ao ar neste domingo (25). O jornalista viajou para o arquipélago para investigar as denúncias que ganharam destaque nesta semana nas redes sociais e na mídia, após a cantora gospel Aymeê Rocha participar de um reality show com uma música que expôs o problema.
O tema ganhou a atenção de artistas e influenciadores digitais famosos, que passaram a cobrar medidas das autoridades, com grande repercussão.
Ao fim da apresentação, uma declaração da cantora ampliou a indignação da opinião pública:
– Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha terra. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em nível hard (…). As famílias lá são muito carentes. As criancinhas, de 6 e 7 anos, saem numa canoa e se prostituem no barco por R$ 5 – disse.
Cabrini desembarca na Ilha de Marajó para buscar a verdade sobre o que, realmente, acontece na região e entrevistar as vítimas e seus familiares, além de desvendar como atuam os criminosos que utilizam meninos e meninas para a prostituição. Alguns estudos revelam que o Pará registra uma média de cinco casos de abuso e exploração sexual infanto-juvenil por dia.
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o estado possui uma taxa de 3.648 casos, acima da média nacional de 2.449 em crimes dessa natureza. Autoridades e organizações não governamentais que atuam na área, no entanto, afirmam que a população marajoara não normaliza a violência contra crianças e que também tem havido “disseminação de informações que não teriam sido comprovadas”, como as denúncias de tráfico de órgãos.
No entanto, o próprio Ministério Público do Pará admitiu que há problemas, em nota divulgada nesta semana.
– Apesar de ser fenômeno que atinge todos os municípios paraenses, a violência sexual acaba por ter uma maior projeção no Arquipélago do Marajó, uma vez que encontra um terreno fértil de outras violações de direitos, sobretudo considerando que a região abriga alguns dos piores IDHs do Brasil – afirma o documento.
Apresentado por Carolina Ferraz e Sergio Aguiar, o Domingo Espetacular vai ao ar às 20h.
Leia também1 Posicionamento de Angélica sobre Marajó é criticado na web
2 Esquerda diz que abusos infantis no Marajó são mentira
3 Abrace o Marajó: Governo Lula revogou programa de Damares
4 Marajó: Relembre as descobertas reveladas por Damares
5 Marajó: Xuxa limita comentários no Instagram após ser cobrada