Brasileiros em quarentena não têm coronavírus, diz exame
Pacientes testaram negativo em novo exame
Pleno.News - 19/02/2020 19h15
Resultados de um segundo exame em brasileiros que vieram de Wuhan, epicentro da epidemia do novo coronavírus na China, deram negativo para infecção pelo vírus Sars-CoV-2.
Ao todo, foram coletadas amostras respiratórias de 34 pessoas que estavam na China e foram repatriadas e 24 médicos e tripulantes que participaram da operação para vinda do grupo.
As amostras foram submetidas a exames de RT-PCR, capazes de detectar uma possível infecção pelo vírus. Todos deram negativo. Desde o início da quarentena, nenhuma pessoa do grupo apresentou sintomas.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, apesar dos resultados, o grupo deverá continuar em quarentena em um espaço reservado dentro da base aérea de Anápolis (GO) até o resultado de um terceiro exame.
A coleta para esse último teste deve ocorrer no sábado (22), quando o grupo completa 14 dias de isolamento.
Inicialmente, o ministério chegou a informar que avaliava transferir médicos e tripulantes para quarentena domiciliar devido ao uso de equipamentos de proteção individual durante a viagem e resultado negativo dos primeiros exames.
De acordo com Gabbardo, porém, o governo decidiu manter a orientação de quarentena conjunta em Anápolis por 18 dias.
Os novos resultados, no entanto, apontam que a probabilidade de infecção do grupo pelo novo coronavírus é baixa, afirma o diretor do departamento de vigilância de doenças transmissíveis do ministério, Julio Croda.
Segundo ele, dados sobre o novo vírus mostram que o tempo entre a infecção e o desenvolvimento de sintomas tem sido de cinco dias.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde é que medidas de quarentena sejam adotadas por até 14 dias (o Brasil estendeu esse período para 18 dias).
– A coleta das amostras [para o segundo exame] foi realizada ao 10º dia [desde o embarque]. Com isso, ficamos mais tranquilos no sentido de que a probabilidade dessas pessoas desenvolverem uma infecção pelo novo coronavírus é baixa – disse Croda.
*Folhapress
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